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Demanda antiga, primeiro parque em Heliópolis deve ser entregue até junho

Além de área verde, terreno de 78 mil metros quadrados receberá equipamentos culturais, esportivos, cursos e serviços diversos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 Maio 2023, 09h36 - Publicado em 9 fev 2022, 15h17
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  • Reivindicação de mais de 20 anos de líderes comunitários, a favela de Heliópolis, na zona sul da cidade de São Paulo, finalmente ganhará o seu primeiro parque  até o mês de junho deste ano, segundo previsão do Fundo Social de São Paulo.

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    Trata-se de uma área de 78 mil metros quadrados, equivalente ao Parque do Belém, na zona leste.

    “É uma conquista histórica”, comemora Marcivan Barreto, presidente da Cufa (Central Única das Favelas).

    A concretização do parque tem sabor especial para ele. Apesar de ser uma luta antiga de vários líderes comunitários travada com vários governantes, quem comprou a ideia foi o governador João Doria (PSDB) que, em dezembro de 2020, recebeu Marcivan e Preto Zezé, presidente global da Cufa, para falar do tema.

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    Assinado pelo arquiteto Roberto Loeb, um dos mais renomados do país e que doou os projetos, o desenho do que está sendo erguido nasceu após diálogos para atender as demandas da comunidade.

    O terreno é da Sabesp, que inicialmente cederá a área –estima-se que o valor de mercado seja em torno de R$ 40 milhões– ao governo estadual. Antes do projeto do parque, a área era destino de entulho.

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    Além do empréstimo da área, a empresa investirá em recursos diretos R$ 20 milhões, usados para construção da fase inicial, que ocupa 68 mil metros quadrados, onde estarão dispostas quadras, pista de skate, academia e área verde, algo raro na região ocupada por cerca de 200 mil pessoas.

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    Paralelo a isso, estão sendo feitas as obras de paisagismo (grama, jardins, floreiras e árvores), caminhos, quiosques e áreas de descanso.

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    Além da cessão de área e investimento direto da Sabesp, nessa primeira fase estão sendo destinados R$ 5 milhões da Secretaria de Esportes e ainda serviços de terraplenagem, muros de arrimo e drenagem doados pela empresa CCR.

    A segunda fase do projeto, que engloba as edificações, inclui a construção de uma grande Fábrica de Cultura num custo de R$ 20 milhões –só o teatro terá 450 lugares– e equipamentos num modelo de “Poupatempo Social”, onde será possível fazer cursos de qualificação, tirar um RG, se valer de serviços de órgãos públicos diversos e ainda negociar empréstimo para pequenos empreendimentos por meio do Banco do Povo.

    Todo o projeto deve ser concluído até o final de 2023, segundo Fernando Chucre, presidente do Fundo Social de São Paulo.

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    “É o conceito do urbanismo social, de forma a oferecer serviços públicos de forma mais perene nessas comunidades”, explica Chucre.

    Essa ação é inserida em outra já em curso, denominada Viver Melhor. Esse modelo traz intervenções tanto nas fachadas quanto nas próprias casas de 1 200 famílias, com benfeitorias em saneamento básico, e ainda instalação de rede hidráulica, elétrica e janelas.

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