A polícia prendeu nesta sexta-feira (17) o caseiro Juvenal Pereira dos Santos, de 47 anos, suspeito de ter acorrentado à cama, estuprado e assassinado a ativista social Simone de Moura Facini Lopes, de 31 anos, no último dia 12, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Santos vinha apontando seu patrão, o dono do imóvel, como autor do crime, mas as investigações apontaram que ele teria participação direta na tragédia.
O dono da chácara, Francisco Lopes Ferreira, de 64 anos, está desaparecido desde o dia do crime. Simone era ativista de uma igreja evangélica e vinha dando aulas de alfabetização para Ferreira. No dia do crime, ela foi à chácara para dar sequência ao trabalho voluntário e não voltou para casa. À noite, o caseiro ligou para a polícia avisando que havia chegado de viagem e encontrado o corpo. A mulher foi morta com golpes de marreta. Santos alegou que passara o dia em na cidade de Bady Bassit, com familiares, mas seu álibi foi considerado suspeito e está sendo investigado.
De acordo com o delegado Alceu Lima de Oliveira Junior, que investiga o caso, a polícia apurou que as correntes, cadeados e a marreta usados no crime pertencem ao caseiro. Há ainda a suspeita de que ele tenha escrito, em uma foto de Simone, uma suposta declaração de amor de Ferreira à jovem, para incriminar o patrão. Santos e Ferreira foram condenados por crimes sexuais no passado e se conheceram na prisão. A Justiça decretou a prisão temporária do caseiro. À chegada da polícia, ele tentou fugir, o que reforçou as suspeitas.
Em razão da revolta causada pelo crime, Santos foi levado para uma cadeia em outra cidade da região. O dono da chácara continua sendo procurado. Não está descartada a hipótese de que os dois homens tenham se juntado na prática do crime.