Prefeitura de São Paulo destrói Teatro Vento Forte e causa revolta em classe artística

Secretaria Municipal afirma que o prédio era usado irregularmente, estava abandonado e que demolição havia sido informada com antecedência

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 fev 2025, 13h11 - Publicado em 17 fev 2025, 13h08
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Construção foi destruída com instrumentos no interior; Prefeitura nega (Instagram/Reprodução)
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A Prefeitura de São Paulo demoliu o prédio do Itaim Bibi onde funcionava Teatro Vento Forte na última quinta (13). Segundo a instituição, instrumentos e quadros que estavam dentro do prédio foram destruídos, sem aviso prévio por parte dos órgãos públicos.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) nega, alegando que o espaço era utilizado de forma irregular e que os responsáveis estavam cientes da demolição. Além do Teatro fundado em 1974, o galpão também abrigava a Escola de Capoeira Angola Cruzeiro do Sul.

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Segundo nota da Prefeitura, a Superintendência de Operações de Secretaria e Segurança Urbana recebeu uma denúncia da Associação de Moradores do Itaim Bibi em 2019, alegando que a área utilizada pertencia ao Parque do Povo.

“A vistoria do local, somada ao histórico de outras fiscalizações constatou a não existência de atividades culturais e a construção do imóvel apresentava sinais de abandono, com edifícios em ruínas ou mal-conservados. Destacamos que o próprio teatro não funciona no local já faz mais de cinco anos”, completa a nota. 

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A SVMA afirma que notificou os responsáveis em 31 de julho de 2023 e que os objetos que estavam no local foram retirados pelo responsável da atividade, com ajuda da equipe operacional da prefeitura. Também segundo a nota, o espaço comercializava bebidas e cobrava estacionamento, o que desrespeitaria a legislação, por se tratar de uma área pública pertencente a um Parque Municipal.

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No domingo (16), um ato no Parque do Povo foi organizado em protesto à demolição e artistas, entre eles Chico César e Monica Salmaso, se manifestaram contra a demolição nas redes sociais. A prefeitura afirma que estuda projetos para uma nova utilização do espaço, “respeitando seu valor cultural e social”.

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