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Prefeitura concede Anhangabaú à iniciativa privada após reforma de R$ 93 milhões

Concessionária, que vai pagar R$ 6,5 milhões, poderá explorar comercialmente o local pelo prazo de 10 anos

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 out 2020, 16h43 - Publicado em 23 out 2020, 16h42
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  • A prefeitura de São Paulo concedeu o Vale do Anhangabaú para gestão e exploração comercial à iniciativa privada por 10 anos. Foi aceita uma proposta de R$ 6,5 milhões, a maior da concorrência pública. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (23). Recentemente, a gestão Bruno Covas, do PSDB, investiu R$ 93,8 milhões na reconstrução do espaço.

    O Consórcio Viaduto do Chá, formado pelas empresas G2P Partners e GMCOM Eventos e Projetos Especiais, foi quem apresentou a melhor proposta em termos financeiros, 6.751% acima do esperado pela prefeitura.

    Além de poder explorar comercialmente o Vale, a concessionária terá que investir na manutenção e revitalização do espaço reformado. Serão também feitas atividades culturais, educativas, esportivas ou recreativas. Os quiosques devem ser alugados para comércio e alimentação.

    O consórcio ficará responsável por implantar o Museu dos Direitos Humanos e Cidadania na Galeria Prestes Maia. O estabelecimento deve ligar a Praça do Patriarca até o Anhangabaú por baixo do Viaduto do Chá. O circuito foi feito com o intuito de unir regiões de cultura e artes do Centro de São Paulo.

    Segundo a prefeitura, o principal objetivo da reforma e concessão é revitalizar a área e integrar a região com o entorno. A ideia é transformar uma área de trânsito de pedestres em destino de convivência.

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    A gestão municipal tem a expectativa de que o benefício econômico seja de R$ 250 milhões por ano para os estabelecimentos do centro da cidade devido ao aumento da circulação de pessoas. De acordo com ela, isso resultará em R$ 46 milhões para os cofres públicos com outorgas, investimentos, desoneração e recolhimento de impostos.

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    Reforma adiada

    No fim de setembro, o Consórcio Central, formado pela FBS Construção Civil e a Lopes Kalil Engenharia, e responsável pela reforma do Vale do Anhangabaú, solicitou um novo prazo de 90 dias para o término total da obra na região central da cidade de São Paulo. De acordo com os documentos divulgados pelo G1, o novo cronograma prevê conclusão em 28 de fevereiro de 2021.

    De acordo com os documentos, essa nova prorrogação já possui o aval da área técnica da SPObras. A Prefeitura de São Paulo afirmou por meio de nota que irá reinaugurar a área no dia 30 de outubro deste ano, um mês depois da terceira data anunciada, 20 de setembro. A entrega deve ser feita incompleta, com obras ainda em andamento.

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    “A obra do Vale do Anhangabaú ficará pronta no dia 30 de outubro. O espaço estará aberto aos pedestres, mas o consórcio responsável pelas obras continuará presente durante os seis meses de duração da operação assistida”, diz a nota.

    No total, a obra está orçada até agora em R$ 93,8 milhões, quase R$ 14 milhões a mais do que o previsto no projeto inicial da prefeitura. Na carta enviada à prefeitura, o Consórcio atribui o novo atraso à pandemia do coronavírus que provocou o afastamento de parte da equipe. Também foi colocado como problema os serviços subterrâneos do espaço como “as inúmeras interferências, tanto com as redes de telecomunicações, quanto as concessionárias de água, esgoto, gás e energia elétrica, acarretaram a necessidade de novo planejamento de obra e prorrogação das datas finais para diversos serviços, especialmente o piso”.

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