Vampeta está tendo aulas. O ex-craque do Corinthians jogava tranca, cacheta e pife-pafe “desde criança”, mas acrescentou uma nova modalidade para relaxar após as peladas que organiza, geralmente três vezes por semana: o pôquer.
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“Eu me interessei pelo Texas Hold’em ao assistir a programas temáticos na televisão”, diz ele, entre um gole e outro de cerveja e beliscadas em uma porção de picanha. O aprendizado tem sido eficaz. Vampeta foi vencedor de um torneio no programa ‘Poker das Estrelas’, da Rede Bandeirantes, quando ganhou 10 000 reais. Disputava com o apresentador Milton Neves, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e o também ex-jogador Basílio. O dinheiro foi doado a uma instituição de caridade.
“Esse jogo virou uma febre no mundo do futebol”, afirma Vampeta. O ex-integrante do Timão e atual técnico do Nacional, da quarta divisão paulista, aponta uma mudança no comportamento dos atletas: substituíram a cacheta e o videogame pelo pôquer como passatempo principal nas concentrações.
Pelas suas contas, isso aconteceu de dois anos para cá. “Vários jogadores, como o Ronaldo e o William, do Corinthians, e o Kleber, do Palmeiras, são viciados nisso.” Entre os jovens do time que treina, muitos na adolescência, a maioria domina o Texas Hold’em. Vampeta jura que não joga a dinheiro com seus amigos do clube União dos Operários da Vila Maria, na Zona Norte. “É mais uma brincadeira.”