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Polícia já identificou quadrilhas responsáveis por arrastões em SP

Jovens têm passagem por roubo, moram na região sul e fazem parte de pelo menos três quadrilhas

Por Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h51 - Publicado em 3 jul 2013, 14h08
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  • Os autores de grande parte dos arrastões a restaurantes em São Paulo têm menos de 24 anos, passagem na polícia por roubo, moram na região sul da capital e utilizam carros roubados e motos para irem até os locais dos crimes. O perfil foi traçado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), responsável desde abril por cuidar desses casos.

    Segundo o diretor do Deic Wagner Giudice, três quadrilhas já foram identificadas. Elas seriam as responsáveis pelos arrastões nos maiores restaurantes de áreas nobres da cidade. A escolha pelas casas, de acordo com o delegado, é aleatória, depende da presença ou não de policiamento e segurança e da quantidade de clientes. “Os restaurantes têm  concentração de gente e o assalto pode ser feito de forma rápida e fácil. Mas não têm planejamento, é um crime de oportunidade e as quadrilhas são estanques, são grupos de pessoas que vão se revezando de acordo com a necessidade.”

    Na semana passada, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou dados que apontam que 67 arrastões aconteceram na capital de janeiro a maio deste ano, uma média de um a cada dois dias. Dois dias depois do anúncio, o Deic anunciou a prisão de dois criminosos que participaram das ações. Um deles é o chefe de uma dessas quadrilhas. Segundo o delegado, ele confessou ter participado de oito ataques a estabelecimentos.

    O método utilizado pelos criminosos é bem parecido em todos os casos: eles roubam celulares e joias, objetos que são mais fáceis de carregar, e em menos da metade dos arrastões os caixas dos restaurantes foram assaltados. “É um crime muito primário na sua concepção. É para uma noitada, duas, nada mais que isso. É gente muito rasteira, que faz com armamento precário, às vezes nem de verdade”, explica Giudice.

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    Segundo ele, o trabalho de investigação se dá com a coleta de dados, investigações com criminosos já presos e o cruzamento dessas informações. Até o momento, o Deic já esclareceu quatro dos sete casos que ficaram sob sua responsabilidade. “Tenho certeza que esse crime vai diminuir de forma drástica até o fim do ano, como aconteceu com sequestro em São Paulo.”

    Apesar disso, o delegado teme a criação de uma “cultura” de arrastões entre criminosos. “O que vai dar mais trabalho serão os filhotes desses caras.” A polícia tem conhecimento, por exemplo, de que a quadrilha cujo chefe foi preso já possui uma nova liderança.

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