Agentes da Polícia Federal encontraram dezessete pessoas que prestavam serviço para restaurantes japoneses na Zona Norte em condições análogas às do trabalho escravo. As informações são do UOL. Sem tradição gastronômica na cidade, os estabelecimentos são o Hajime Sushi Bar Tucuruvi e o Sushi Vila Gustavo, além do delivery Sushi Tucuruvi. Alguns dos funcionários não eram registrados, e um deles chegava a fazer mais de sessenta horas semanais.
Essa foi a Operação Sushi Paulistano, de auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo, da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Alline Pedrosa Oishi, com agentes da Polícia Federal. As duas residências oferecidas às vítimas estavam em péssimas condições. As paredes se mostravam tomadas por mofo e o fogão e botijão de gás ficavam localizados ao lado das camas. Colchões usados para dormir estavam imundos e pedaços de espuma sujos usados como travesseiros, de acordo com os relatos.
Ao portal UOL, Anderson Oliveira, gerente de um dos estabelecimentos, contou que, após o operação, a empresa comprou colchões novos, reparou problemas nas casas, pagou os direitos trabalhistas e multas e depois recontratou os que quiseram voltar. Parte dos trabalhadores voltou aos seus estados de origem e receberá três parcelas de seguro-desemprego voltado aos resgatados do trabalho escravo. Outra parcela resolveu continuar no emprego após as mudanças. A ação de fiscalização ficará aberta para monitorar as novas condições por quatro meses. O portal UOL tentou contato com proprietários, mas não obteve retorno.