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Polícia conclui que Mary Knorr é a responsável pelo assassinato das filhas

Ela deve ter alta nos próximos dias e será levada do hospital direto para o centro de detenção provisória

Por Nataly Costa
Atualizado em 5 dez 2016, 15h38 - Publicado em 20 set 2013, 19h56
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  •  A Polícia Civil já concluiu o inquérito do caso das mortes das adolescentes Paola e Giovanna Knorr Victorazzo, de 13 e 14 anos. O delegado Gilmar Contrera, titular do 14º Distrito Policial de Pinheiros, encaminhará na segunda-feira (23) de manhã a investigação para o Judiciário.

    “Foi a mãe que matou as duas filhas. Concluímos isso porque não há indício de que outras pessoas estiveram na casa. Ela era a única pessoa viva na cena do crime”, disse o delegado. Contrera afirmou ainda que só os laudos parciais vão poder determinar as causas e horários das mortes. Entretanto, a polícia trabalha com a hipótese de envenenamento seguido por asfixia. E também acredita que as adolescentes tenham sido assassinadas na noite de quinta-feira (12).

    Paola e Giovanna foram vistas pela última vez na quarta-feira (11), após irem para o colégio. Já a corretora de imóveis Mary Knorr foi vista pela última vez na quinta, na festa de uma conhecida. Na própria quinta, ela recebeu duas visitas: a da filha mais velha, Eliane, de 31 anos, e de um comerciante do bairro que comprou dela um freezer usado.

    Ele pagou 250 reais e ficou de buscar o eletrodoméstico até sábado. Na sexta, porém, ligou para a corretora de imóveis, que não atendeu. A filha mais velha também ligou na sexta e não foi atendida. No sábado (14), Eliane e Leon Gustavo, de 27 anos, outro filho de Mary, decidiram ir até o endereço ver o que havia acontecido e se deparam com a cena do crime.

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    Nesta sexta (20), a polícia tentou pela terceira vez colher o depoimento de Mary no Hospital Universitário, onde ela ainda se encontra internada. “Ela foi liberada pelos médicos para prestar depoimento, porém se recusou a falar”, disse o delegado. Mary deve ter alta nos próximos dias e, como teve sua prisão preventiva decretada nesta sexta, deve sair do hospital direto para um centro de detenção provisória (CDP).

    O pai das adolescentes, Marco Antônio Victorazzo, foi ouvido novamente nesta sexta-feira e reafirmou à policia que só tinha contato com Mary quando ia pagar a pensão e não sabia de qualquer problema de relacionamento dela com as filhas. Vizinhos também foram ouvidos e contribuiram para traçar um perfil psicológico da corretora de imóveis. “A única certeza que temos é que ela vinha enfrentando dificuldades financeiras”, concluiu o delegado Contrera.

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