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PMs são presos suspeitos de executarem dois homens em carro parado

Os corpos foram encontrados com aproximadamente 50 perfurações; os policiais afirmam que atiraram como defesa e que vítimas estavam armadas

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 jun 2021, 17h39
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  • A imagem mostra um policial militar ajoelhado, em frente ao carro branco, apontando a arma pra dentro.
    Policias militares foram presos sob suspeita de executarem dois homens (Reprodução Twitter/Veja SP)

    Dois policiais militares foram presos sob a suspeita de perseguirem e executarem dois homens em um carro quando o veículo já estava parado. A decisão foi tomada pela Justiça Militar no último domingo (13) a pedido do Ministério Público Militar e da Corregedoria da PM. As vítimas, suspeitas de participarem de um assalto, não chegaram a disparar contra as autoridades.

    Felipe Barbosa da Silva, de 23 anos, e o estudante Vinicius Alves Procópio, de 19 anos, foram encontrados mortos na Zona Sul com aproximadamente 50 perfurações ocasionadas por balas em seus corpos e nenhum tinha passagem pela polícia. O caso aconteceu na última quarta-feira (9), mas as autoridades só tiveram ciência do episódio após um vídeo gravado por uma testemunha aparecer nas redes sociais. 

    Nas imagens, é possível ver os dois PMs atirando contra os jovens em um Onix branco da marca Chevrolet. O veículo era roubado e estava junto de outros pertences do proprietário. O sargento André Chaves da Silva e o soldado Danilton Silveira da Silva, os dois policiais presos, disseram que ambos os suspeitos portavam armas e Vinicius Procópio chegou a tentar atirar, mas a arma falhou. 

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    Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os policiais pediram para os dois homens suspeitos de participaram de um assalto pararem o carro. No entanto, os dois fugiram e acabaram batendo contra um poste. Na segunda abordagem, segundo o policial, um dos suspeitos apontou a arma e outro tentou o disparo, sem sucesso. Ainda de acordo com o relato, as autoridades dispararam de volta como defesa. 

    O juiz do Tribunal de Justiça Militar Ronaldo João Roth, responsável pela decisão de prender André e Danilton, afirmou que, “na apuração do envolvimento dos investigados, há prova do fato delituoso, apuradas por meio das imagens da ocorrência e dos depoimentos das testemunhas”.

    Ainda no documento da sentença, os fatos apurados foram considerados gravíssimos, principalmente pelo óbito de dois civis, que foram baleados sem sair do veículo. Além disso, a abordagem adotada pelo sargento e o soldado descumpriu o Procedimento Operacional Padrão, o que, de acordo com o magistrado, coloca “em dúvida a credibilidade da instituição Polícia Militar, o que demonstra a necessidade da prisão para a garantia da ordem pública”. 

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    Roth também suspeita de uma eventual fraude processual, com as armas das duas vítimas sendo implantadas na cena do crime. A SSP diz que as  investigações estão sob responsabilidade da Corregedoria da PM e do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa. A defesa dos policiais não se pronunciou até o momento. 

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