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Jovem cria perfis no Tinder para arrecadar agasalhos

Luan Almeida, de 23 anos, recebe as doações via aplicativo e distribui para moradores de rua

Por Juliene Moretti
Atualizado em 5 dez 2016, 12h18 - Publicado em 4 jul 2015, 00h00
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  • luan almeida paulistano nota dez
    luan almeida paulistano nota dez ( Fernando Moraes/)

    No início deste ano, o publicitário Luan Almeida era um usuário do Tinder com o sonho de ajudar moradores de rua. O que um assunto tem a ver com o outro? Aparentemente nada. Pelo menos foi assim até abril, quando ele recebeu a missão de desenvolver uma campanha que utilizasse uma plataforma digital durante um curso de pós-graduação em direção de arte na Miami AdSchool/ESPM, na Vila Mariana. “Ali tivea ideia de unir esses dois mundos”, diz. Para isso, o publicitário criou um perfil chamado Doe um Match e passou a usaro aplicativo de paquera de forma diferente.

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    Em vez de procurar parcerias amorosas, seu objetivo era arrecadar doações de roupas e agasalhos. Assim, Almeida saía distribuindo likes aleatoriamente. Quando recebia a contrapartida de outro usuário, o chamado match, explicava o projeto na janela de bate-papo. Se o “xaveco do bem” funcionava, eles combinavam o encontro para a entrega das peças. “No começo, as pessoas ficavam surpresas, não entendiam direito e se irritavam”, conta. “Acabei denunciado como ‘spam’e suspenso pela administração do site.”

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    Almeida não desistiu e criou outras cinco contas, nas quais deixa a intenção da iniciativa bem mais clara. As fotos que ilustram as páginas são de moradores de rua e a descrição informa: “Você procura alguém para se esquentar no inverno, nós também”. A ideia conquistou o coração dos outros pretendentes em tempo recorde. Foram mais de 6 000 peças arrecadadas por meio de 6 800 matches somente nos últimos três meses. “Abri um perfil no Facebook e comecei a receber doações por lá também”, afirma. Os artigos são distribuídos em parceria com a ONG Entregapor SP, toda última terça-feira do mês, em diversos pontos da capital.

    Recentemente, o projeto se expandiu paraoutras cidades, como Santos, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Almeida, de 23 anos, continua solteiro, mas jura que nunca mais usou o Tinder para sua função original. “Meu maior prazer é ajudar outras pessoas a não se sentir invisíveis”, afirma.

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