Munido de uma marreta, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, quebrou blocos de pedras instalados em frente à biblioteca municipal Cassiano Ricardo, no Tatuapé, na Zona Leste da cidade de São Paulo.
Segundo o religioso, as pedras haviam sido instaladas no entorno do local para evitar que as pessoas em situação de rua dormissem no local. O ato foi contra à aporofobia, que é a aversão aos pobres, e a arquitetura hospital. Ele contou com a presença de voluntários e também uma trupe de palhaços. Em uma divertida adaptação de “Bella Ciao”, eles cantaram “pedra tchau, tchau, tchau”.
No dia 22 de novembro deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 488 de 2021, que proíbe a construção de obstáculos que impossibilitem a permanência de pessoas, sejam elas em situação de rua ou não, em locais públicos. O texto já teve aval do Senado e aguarda a apreciação do presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode aprovar ou vetar a medida.
De novo
Essa não foi a primeira vez que o padre Júlio usou uma marreta para quebrar pedras que impediam a presença de pessoas. Em fevereiro de 2021, ele quebrou os paralelepípedos instalados embaixo doa viadutos Dom Luciano Mendes de Almeida e Antônio de Paiva Monteiro.