Após doze anos sem receber visitas, o Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932 reabriu suas portas nesta terça (9). Mais conhecido como Obelisco do Ibirapuera, permaneceu mais de um ano em obras, que motivaram investimentos de 11,4 milhões de reais do governo do estado.
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Com 81 metros de altura, a construção foi projetada pelo escultor ítalo-brasileiro Galileo Ugo Emendabili e é tombada pelos conselhos de preservação do patrimônio histórico da cidade e do estado. Lá estão depositados os restos mortais de Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo (que formam a célebre sigla M.M.D.C.), estudantes mortos durante a Revolução de 1932, e outros combatentes. Além disso, o espaço tem três capelas, uma escultura de Paulo Virgínio, mártir da Revolução, e uma “câmara de reflexão”, um ambiente escuro onde os visitantes são convidados a pensar sobre a morte. A administração é de responsabilidade da Polícia Militar.
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Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, a reforma incluiu a instalação de bombas de drenagem para evitar infiltrações e rampas e sanitários para o acesso de pessoas com deficiência. A praça e as paredes do Obelisco foram impermeabilizadas, e suas esculturas de mármore, recompostas. O número de cinerários, locais onde são depositadas urnas com restos mortais, também aumentou, de 432 para 871.
A reinauguração ocorre depois de uma polêmica envolvendo o custeamento da reforma. Em 2004, uma patrocinadora aceitou arcar com os gastos do restauro, mas os herdeiros do artista entraram na Justiça, pois não concordavam com a publicidade que seria instalada no monumento como contrapartida à empresa. A obra, então, foi interrompida.
A partir de agora, o Obelisco fica aberto ao público diariamente, das 10h às 16h.