O bairro do Ipiranga não carrega só as águas do famoso córrego que serviu de cenário para a proclamação da independência. As escadarias de mármore do saguão principal do Museu Paulista da USP ostentam ânforas de cristal com líquido retirado de alguns dos principais rios brasileiros.
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Com suportes de bronze produzidos pelo escultor belga Adrien-Henri-Vital Van Emelen a pedido do então diretor da instituição, Afonso D’Escragnolle Taunay, as duas primeiras foram instaladas em 1928 e carregavam as águas misturadas dos cursos localizados nos extremos do país: Oiapoque e Chuí (Norte e Sul) em uma e Capibaribe e Javari (Leste e Oeste) na outra.
A decoração foi completada em 1930, com mais dezesseis peças referentes aos rios Parnaíba, Tocantins, Paraíba, Madeira, Carioca, Paraná, Negro, Capibaribe, São Francisco, Paraguai, Amazonas, Uruguai, Jaguaribe, Piranhas-Açu, Doce e Tietê. Cada vaso tem capacidade para cerca de 10 litros e até hoje o conteúdo foi trocado apenas uma vez, em 1991.