O promotor público Paulo Castilho, representante do Ministério Público de São Paulo, vai pedir nos próximos dias a prisão preventiva de quatro integrantes da torcida Mancha Alviverde, do Palmeiras.
No último sábado, eles se envolveram em uma violenta briga dentro da estação Água Branca, na Linha 4 da Companhia Paulista de Trens Metropolitano (CPTM), na Zona Oeste da cidade, com torcedores do São Paulo, ligados a Independente.
A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira (7) pelo Jornal da Record e o pedido de prisão será analisado nos próximos dias por representantes do Tribunal de Justiça.
Os integrantes da Independente voltavam do Morumbi, onde o São Paulo havia vencido o Botafogo-SP pelo Campeonato Paulista. Já os representantes da Mancha Alviverde estiveram em uma festa da torcida, que tem sede na avenida Nicolas Boer, na Barra Funda, na Zona Oeste da capital.
Paulo Castilho afirmou que com as imagens da briga foram identificados os palmeirenses Diones Silva, Lucas Maia Coelho, Leandro Maia Coelho e Sandro Santos de Souza – os últimos dois, inclusive, foram presos em 2014 e condenados a sete anos de prisão por roubo e espancamento de corintianos em uma briga também dentro de trens da CPTM. Eles estavam em liberdade condicional.
Nas imagens, Diones Silva usa um extintor de incêndio da estação Água Branca para tentar agredir os rivais, que ficaram acuados dentro do vagão. Não havia policiamento no local na hora da confusão e muitos usuários dos trens precisaram correr para escapar da pancadaria.
A torcida Mancha Alviverde não será punida. De acordo com Paulo Castilho, a entidade não pode responder por atos isolados cometidos longe dos estádios de futebol e sem conhecimento de seus diretores.
A promotoria ainda tentará identificar os torcedores do Corinthians que também no último sábado tentaram agredir o presidente eleito do clube, Andrés Sanchez. Um corintiano já foi identificado, mas seu nome não foi revelado – trata-se de um integrante da torcida organizada Gaviões da Fiel pertencente ao movimento conhecido como “Rua São Jorge”, composto por torcedores com histórico de violência.