O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou à Justiça o trio envolvido no assassinato da menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, encontrada morta no último dia 16 de junho após ficar oito dias desaparecida em Araçariguama, no interior de São Paulo. Ela desapareceu quando saiu de casa para andar de patins pela vizinhança.
Os denunciados vão responder pelos crimes de sequestro qualificado, homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, sem possibilidade de defesa da vítima e ocultação de cadáver.
Os suspeitos do crime, presos no dia 29 de junho em Mairinque, cidade vizinha, são o casal Bruno Maciel de Oliveira, de 33 anos e Mayara Borges de Abrantes, de 24 anos. Eles foram identificados a partir de depoimentos do pedreiro Julio César Lima Ergesse, primeiro suspeito preso. O caso segue sob sigilo judicial.
A Delegacia Seccional de Sorocaba (SP) já havia pedido a prisão preventiva das três pessoas detidas temporariamente sob suspeita da prática do crime.
A denúncia foi oferecida pela 1ª e 3ª Promotoria de Justiça de São Roque (SP). O Ministério Público solicitou ainda a prisão preventiva dos denunciados e a manutenção do sigilo do processo – segundo nota do órgão, “a fim de preservar as provas produzidas na fase do inquérito policial”.
O processo seguirá para a Vara Criminal de São Roque, onde haverá deliberação sobre o recebimento da denúncia. Caso recebida, os réus serão citados e poderão se defender. Todos podem ir a júri.
A investigação aponta que o motivo do crime seria vingança por dívida com o tráfico, mas Vitória teria sido morta por engano.
Vitória saiu de casa no dia 8 de junho, para andar de patins e não voltou mais. Araçariguama, cidade de 17 000 habitantes, se mobilizou nas buscas pela garota. O corpo foi encontrado oito dias depois, numa mata à margem da Estrada de Aparecidinha. Os patins foram achados ao lado do corpo.
A perícia revelou que Vitória foi morta de forma violenta, por estrangulamento. Marcas nos braços e pernas revelaram que ela tentou se defender do agressor e teria sido amarrada.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado chegou a oferecer uma recompensa de até 50 000 reais a quem desse informações concretas sobre a autoria do crime.
Laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte foi asfixia mecânica com constrição cervical. A polícia acredita que ela pode ter sido morta com um golpe conhecido como “mata-leão”, em que o pescoço da vítima é apertado entre o braço e o antebraço do agressor.
O corpo da menina foi encontrado num matagal, à beira da Estrada de Aparecidinha, no bairro Caxambu, na zona rural do município. O laudo apontou ainda marcas compatíveis com amarras nos braços e nos tornozelos da garota.