Pesquisa: melhores e piores
Chefs paulistanos apontam os restaurantes e cozinheiros com mais destaque na cidade
Afinal, como os chefs olham para a sua concorrência? Uma das melhores maneiras de chegar a essa resposta é perguntar diretamente a eles o nome do melhor profissional de sua categoria e o do melhor restaurante. Em ambos os casos, a resposta foi Alex Atala e o D.O.M., premiado e caríssimo endereço de cozinha contemporânea no Jardim Paulista.
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Atala recebeu 25% dos votos na pesquisa, um resultado muito expressivo, se comparado ao do segundo colocado, Salvatore Loi, do Fasano, no Jardim Paulista (6%), e ao de Erick Jacquin (5%), que ficou em terceiro, dono do La Brasserie Erick Jacquin, em Higienópolis. Trata-se de dois grandes nomes da alta gastronomia, assim como Atala.
Antenado com as tendências da moderna cozinha espanhola e com uma rede de amigos-cozinheiros mundo afora, o mestre do D.O.M. é o único chef brasileiro a brilhar além das fronteiras nacionais. Seu restaurante figura entre os melhores do mundo na eleição da revista inglesa “Restaurant”, o que lhe traz uma reputação inédita.
Tantos holofotes, aparentemente, provocaram um efeito colateral. Na mesma pesquisa em que aparece como o mais admirado pela categoria, Atala também surge com destaque quando os colegas elegem o chef badalado que lhes desagrada pela inconsistência no trabalho. Ele é nada menos que o segundo da lista. Nos comentários dos votos negativos, aparecem queixas como “é marqueteiro; só pensa em ganhar dinheiro” e “é exagero o que a mídia fala sobre ele”.
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O título de chef mais inconsistente coube a Sergio Arno, do La Vecchia Cucina, no Itaim. De acordo com os votantes, o profissional não corresponde à fama que conquistou no passado. Uma das críticas que podem ajudar a entender o resultado: “Arno não tem controle sobre o que serve em seus restaurantes”. Talvez tenha pesado sobre ele o fato de ser dono da rede de franquias La Pasta Gialla, com sete endereços na cidade.
O título de pior restaurante, segundo os chefs, ficou com o francês Paris 6, no Jardim Paulista. Na saraivada de petardos recebidos pelo bistrô, estão comentários mais leves como “parece o Epcot Center, da Walt Disney”. E há quem não hesite em considerar “a comida ruim e o serviço pior ainda” ou apontar “a falta de cuidado com tudo no restaurante”.
O MELHOR CHEF
1º — Alex Atala (D.O.M. e Dalva e Dito)
2º — Salvatore Loi (Fasano)
3º — Erick Jacquin (La Brasserie Erick Jacquin)
“Alex Atala destaca-se pelo conhecimento de ingredientes, pela capacidade de marketing e por satisfazer os clientes”
O MELHOR RESTAURANTE
1º — D.O.M.
2º — Fasano
3º — Maní
“O D.O.M. é o restaurante mais vanguardista e influente, dentro e fora do Brasil, e está nas mãos do badalado Alex Atala. Além, é claro, de ter uma comida deliciosa”
O CHEF BADALADO QUE LHE DESAGRADA PELA INCONSISTÊNCIA NO TRABALHO
1º — Sergio Arno
2º — Alex Atala
3º — Alessandro Segato e Bel Coelho
“Alex Atala é mitomaníaco, egocêntrico e antipático”
O PIOR RESTAURANTE
1º — Paris 6
2º — O Pote do Rei
3º — Serafina
“O Paris 6 é o pior porque a comida é ruim e porque tem um prato chamado crevettes à bruno gagliasso”