Continua após publicidade

Mano Menezes: a nova era no Corinthians

Técnico trouxe o time de volta à Primeira Divisão, ganhou um Paulista e uma Copa do Brasil; desafio agora é a Libertadores

Por Mauricio Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 18h49 - Publicado em 3 Maio 2010, 20h16
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Nascimento: Rio Pardo-RS, 11/6/1962

    Período: desde 2008

    Títulos pelo Corinthians: Campeonato Brasileiro Série B – 2008, Campeonato Paulista – 2009 e Copa do Brasil – 2009

    Mano Menezes assumiu o clube em 2008 com a missão de levá-lo de volta à Primeira Divisão. Conseguiu, ganhou a Copa do Brasil e ainda carimbou o passaporte corintiano para disputar o torneio que é a principal obsessão do clube: a Libertadores. Está na sua terceira temporada consecutiva, feito que não acontecia no Corinthians desde a década de 60.

    Continua após a publicidade

     

    Depoimento:

    “Embora as pessoas falem que o Corinthians é muito diferente, que é tudo muito especial, eu diria assim: é muito especial, realmente, mas não é tão diferente como é nos outros clubes, a não ser a relação com a torcida. Internamente, o Corinthians tem a mesma pressão por resultado que os outros clubes têm. Não tem jeito, todo mundo que torce para time grande acha que tem que ganhar todos os jogos. A relação com o torcedor do Corinthians é um pouco diferente porque o corintiano tem menos meio termo do que todos. Ele é extremista na paixão e na cobrança. A gente é cobrado na rua. Se você vai a um restaurante, o torcedor vem te abordar e, no primeiro momento, dá os parabéns pelo trabalho, aquela coisa toda. Mas, no finalzinho, ele sempre dá uma ‘letrinha’ e pede pra tirar alguém e colocar alguém. Vai além do contato normal. No clube, eu acho que o Corinthians tem mais dogmas a serem quebrados. É um clube que por tradição se apoia em frases e teorias para justificar determinadas situações. Quando eu cheguei ao clube, tinha uma frase que combati muito: ‘no Corinthians, tudo é diferente’. Poderia ser uma frase para retratar coisas positivas. Mas eu fui notando que a frase não era para retratar diferenças. Era para justificar desorganizações e falta de providências, que clubes mais organizados tomavam e que o Corinthians, por não querer tomar ou entender que não deveria, justificava em cima de frases como essa. Como muita gente está no clube há anos, isso acaba se tornando um perigo. Você acaba não evoluindo por conta de justificativas como essa. É uma luta diária para minimizar o impacto dessas frases. Não pode ser tão diferente assim. Tem que trabalhar, organizar, planejar, disciplinar e investir, como em qualquer outro lugar. O futebol do Corinthians era muito aberto e futebol não pode ser muito aberto. Tem que se fechar dentro de um vestiário, de um departamento de futebol, para que poucas pessoas tomem as decisões.

     

    + Confira todas as matérias do especial ‘Corinthians: Uma Paixão que se Renova’

    Publicidade

    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de São Paulo

    a partir de 35,60/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.