Os policiais militares que prenderam o rapper Mano Brown na segunda-feira (6) afirmam que foram ofendidos pelo artista. Segundo o relato, registrado por escrito junto à Secretaria de Segurança Pública, ele disse: “Você é um policialzinho despreparado, policial de m… Você vai pagar por isso. Sou influente”.
Eles haviam abordado Brown em uma blitz de trânsito, no qual constataram que a documentação do carro e sua habilitação de condutor estavam vencidas. Ao ouvirem as frases acima, contaram, deram voz de prisão e o algemaram antes de levá-lo ao 37º Distrito Policial, na região do Campo Limpo. Foi quando teriam ouvido: “Não serei preso. Estou na minha quebrada. Se você colocar a mão em mim, a favela vai virar.”
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Procurado por VEJA SÃO PAULO, o advogado do cantor, Raphael Ornaghi, não comentou as acusações. No início da semana, havia dito que ele não resistiu à prisão. Na segunda, o secretário de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, que acompanhou o depoimento de Brown na ocasião, saiu em defesa do líder do Racionais MC’s, dizendo que “faltou respeito e civilidade da parte dos policiais”.
De acordo com o depoimento do policial envolvido na ocorrência, que não foi identificado, Pedro Paulo Soares Pereira, nome verdadeiro de Mano Brown, quis impedir que fosse feita vistoria no veículo. Ela foi requerida pelo PM depois do rapper frear o carro bruscamente ao avistar a blitz.
Abaixo, cenas de Mano Brown antes de sair da delegacia:
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