O prédio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, no centro da capital, foi desocupado na noite desta quinta-feira (1) pelos militantes que protestavam no local havia mais de trinta horas. Ao deixar o edifício, o grupo afirmou ter sofrido ameaças de retirada à força, mesmo sem um mandado judicial de reintegração de posse.
Pouco antes, eles tiveram uma reunião com o secretário municipal de Relações Governamentais, Milton Flavio, que os pressionou por uma saída pacífica.
O entorno do prédio ficou cercado por viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) durante todo o período da ocupação. Depois da retirada, um ato para pedir a saída do secretário André Sturm foi realizado nas proximidades da sede, na Avenida São João, por volta das 22h30.
Em publicações nas redes sociais, os militantes consideraram a manifestação vitoriosa por ter denunciado “planos do prefeito João Doria para transformar a cidade num negócio”. Eles contestam a concessão de espaços públicos à iniciativa privada e pedem a liberação de verbas para programas culturais.
O estopim para o início da ocupação foi uma ameaça feita por Sturm a um ativista, na última segunda-feira. O secretário disse que iria “quebrar a cara” de um integrante do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo.