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Mãe se acorrenta ao filho usuário de crack

Mulher está sendo investigada por maus-tratos

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 9 jul 2017, 18h27 - Publicado em 9 jul 2017, 17h28
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  • Uma mãe se acorrentou ao filho de 17 anos para evitar que continuasse usando crack, em Itapetininga, no interior de São Paulo. Ela usou uma corrente de 6 metros para atar o filho pela perna e amarrar a outra ponta à sua cintura, até que conseguisse internação para o garoto.

    A mulher, de 35 anos, conta que o adolescente corria risco de ser morto, após ser acusado de furto pelos vizinhos. Fotos divulgadas em rede social comoveram o dono de uma clínica para dependentes químicos, que ofereceu tratamento gratuito para o rapaz. 

    O caso foi registrado pela Polícia Civil na última sexta-feira (7) como averiguação de maus-tratos. Ouvida informalmente pela polícia, a mãe contou que o filho tornou-se usuário de drogas aos 12 anos e, depois de usar maconha e cocaína, caiu no crack. Ela vivia com os cinco filhos na periferia da cidade, mas o marido conseguiu um emprego em Mato Grosso do Sul e a família se mudou para o estado vizinho.

    O rapaz não se adaptou à nova vida e retornou para Itapetininga, passando a morar com a avó. Envolvido na droga, ele passou a vender os pertences da idosa, como botijão de gás, relógio, televisor, até panelas da cozinha. O jovem chegou ao ponto de arrancar a porta de uma edícula para trocar por drogas.

    Quando soube que o filho tinha passado a praticar furtos na vizinhança para manter o vício, a mãe decidiu voltar para Itapetininga. Ela contou que após um grupo de moradores revoltados ter ido até a casa para bater no adolescente, ela optou por acorrentá-lo. O filho ficou preso à mãe pela corrente durante três dias. Com o apoio de uma amiga, ela postou fotos em rede social pedindo ajuda.

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    Uma clínica de recuperação de Bady Bassit, na região de São José do Rio Preto, entrou em contato com a família e ofereceu a internação gratuita. O rapaz foi internado no sábado (8) e deve permanecer na clínica por até nove meses. Quando sair, será feito um trabalho de reinserção social. 

    Menina

    Em junho deste ano, a auxiliar de cozinha Solange Bueno dos Santos, de 43 anos, chegou a ser detida após manter a filha de 17 anos acorrentada durante 43 dias ao pé de um guarda-roupa por causa da dependência do crack, em Sorocaba. A garota foi libertada, enviada para um abrigo, mas fugiu e voltou para a mini-cracolândia.

    Resgatada pela própria mãe, que responde a inquérito por maus-tratos, ela acabou internada em um hospital público para dependentes químicos em Botucatu. A adolescente segue em tratamento.

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