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Kraftwerk: o avô da música eletrônica mostra que ainda é moderno

Grupo alemão foi a principal atração do primeiro dia de festival, nesta sexta (11). Evento também ocorre no sábado (12), no Anhembi

Por Catarina Cicarelli
Atualizado em 5 dez 2016, 17h10 - Publicado em 12 Maio 2012, 04h22
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  • Formada em 1970, a banda alemã Kraftwerk foi uma das precursoras da música eletrônica. Hoje, mais de 40 anos depois, ela permanece na ativa e em show nesta sexta (11), no Anhembi, mostrou que continua atual. O grupo foi a principal atração do primeiro dia do festival Sónar São Paulo, que também ocorre no sábado (12).

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    O Kraftwerk foi confirmado na última hora, cerca de quinze dias antes do evento. Eles entraram na programação para preencher a lacuna que a cantora Björk deixou ao cancelar sua vinda por causa de uma inflamação nas cordas vocais. A participação do quarteto alemão, no entanto, pareceu se encaixar como uma luva na proposta do festival, que foi criado há 18 anos em Barcelona e tem como um de seus maiores objetivos mostrar o que há de novo no cenário de música eletrônica.

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    Sim, apesar de ser quarentão o Kraftwerk continua novo e não deixa nada a dever às novidades da programação, como o produtor inglês James Blake, que fez um DJ set de uma hora e meia antes dos alemães entrarem no palco, às 22h30. A premissa da apresentação já causava ansiedade nos presentes: o grupo trouxe para cá um show em 3D no qual relembra alguns de seus maiores sucessos. O show do Sónar foi uma espécie de compilação da série “Retrospective 1 2 3 4 5 6 7 8” que eles apresentaram no MoMA, em Nova York. De 10 a 17 de abril, foram relembrados no museu os álbuns “Autobahn” (1974), “Radio-Activity” (1975), “Trans-Europe Express” (1977), “The Man-Machine” (1978), “Computer world” (1981), “Electric Café/Techno Pop” (1986) e “The Mix” (1991).

    Na entrada do festival, óculos 3D foram distribuídos para o público. Feitos de papel, eles não imprescionavam muito a quem está acostumado a frequentar sessões de filmes que usam a tecnologia. Mas, apesar de básicos, eles serviram a seu propósito e as projeções levaram a plateia à loucura – especialmente em momentos em que satélites ou notas musicais davam a impressão de avançar para cima do público.

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    Liderados por Ralf Hütter, Fritz Hilpert, Henning Schmitz e Stefan Pfaffe apresentaram grandes hits do grupo, como “The Robots”, “Tour de France” e “Trans-Europe Express”. Postados frente a plataformas futuristas, eles quase não se mexiam, exceto em eventuais balançadas de cabeça de Hütter. A postura é tradicional do grupo, que deixa para o público dançar ao som dos sintetizadores e batidas magnéticas que movimentaram o palco principal do Sónar, lotado de fãs e curiosos.

    Neste sábado (12), segundo dia do festival, entre as principais atrações que vão tocar no Anhembi estão o cantor Cee Lo Green e o duo francês Justice.

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