Horas antes de sua apresentação no Sónar, o duo francês Justice contou a VEJINHA.COM que queria superar a boa impressão que eles tiveram do público brasileiro em 2008, durante sua primeira vinda. Pois seu desejo parece ter se realizado, já que o show deles foi um dos mais cheios e animados do festival.
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A dupla foi escalada como principal atração do segundo dia do evento, neste sábado (12). Com apresentação marcada para a meia-noite, eles se atrasaram cerca de vinte minutos para tocar no palco principal montado no Anhembi. O paredão de caixas de som e a famosa cruz – símbolo que deu nome para seu primeiro CD, “†” – estavam lá, como em 2008, mas o que fez mesmo a diferença foram os efeitos de luz. Além da cruz, que piscava conforme a batida, o cenário tinha um grande painel de LED e canhões de luz, colocados em cima das caixas de som, que também tinham iluminação própria. O visual impressionava.
Na entrevista que concederam mais cedo, os DJs Gaspard Augé e Xavier de Rosnay comentaram que, em seu novo álbum, tentaram fugir do chamam “música de balada”. Se o propósito do disco era esse, o show faz completamente o inverso. O clima na plateia era quase de uma rave. Fãs empolgados utilizaram bastões fluorescentes que foram distribuídos para improvisar uma cruz brilhante. Agitada pelas batidas e luzes, a plateia vibrava a cada mudança de ritmo e sequência mais animada.
Na apresentação, faixas de eletrorock como “D.A.N.C.E.”, um dos grandes hits da dupla, e “Civilization”, do novo disco “Audio, Video, Disco”, ganharam versões extendidas. Apesar de canções maiores, o show não durou tanto – foram apenas cerca de uma hora e dez minutos curtas, mas impactantes. Se o Justice achou que esta apresentação bateu a primeira, é difícil de saber, mas sem dúvida o público do Sónar saiu com a certeza de que aquele foi um dos melhores momentos do festival.