A Justiça de São Paulo decretou, mais uma vez, a prisão do ex-seminarista Gil Rugai, condenado a 33 anos e nove meses de prisão pelo assassinato do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino. Ele recorria em liberdade graças a um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Gil Rugai foi julgado e condenado em fevereiro de 2013, nove anos depois do crime que ocorreu na residência da família em Perdizes, na Zona Oeste. A defesa do réu pediu a anulação do julgamento, o que foi negado por unanimidade. Em novembro de 2014, o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou sua prisão e ele se entregou. Em setembro de 2015, porém, o Superior Tribunal de Justiça concedeu um habeas corpus para que Gil Rugai recorresse da sentença em liberdade e ele foi solto. Deixou a Penitenciária de Tremembé, no interior do Estado, dentro de um porta-malas para evitar o assédio da imprensa.
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Antes disso, Rugai já havia ficado preso temporariamente entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009. Ele nega a autoria dos crimes.
O juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da capital, baseou-se em uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concluiu no dia 17 de fevereiro que todo réu condenado em segunda instância já deve cumprir pena de imediato, mesmo se ainda couber recurso aos tribunais superiores. Até então, o STF entendia que o condenado poderia continuar livre até que se esgotassem todas as possibilidades de recurso.