Graças a uma brincadeira de onze segundos, a jornalista Gabriella Bordasch foi um dos assuntos da semana na internet. Na segunda (6), a conhecida garota do tempo da RBS (afiliada da Globo no Rio Grande do Sul) postou um vídeo no Facebook em que plantava bananeira no cenário de um telejornal. Junto das imagens, o texto: “Um belo dia resolvi virar minha vida de cabeça para baixo…”, anunciando que pediu demissão do emprego.
A seguir, ela fala a VEJA SÃO PAULO sobre o viral que mexeu com o sonho tão comum de chutar o pau da barraca na firma. Já são aproximadamente 100 000 visualizações.
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As pessoas normalmente imaginam o ambiente de televisão como sisudo. Então você apareceu no cenário plantando bananeira. Ninguém a repreendeu?
Gravei aquele vídeo em novembro, no celular de um amigo. Naquela época, já estava meio de “saco cheio”. Uma pessoa da equipe falou para tomar cuidado para aquilo não cair na internet. Mas é claro que guardei até o momento da demissão. Pedi para sair da RBS, olha que coincidência, no dia 1º de abril (risos). Dias depois, percebi que precisava dar uma satisfação ao público, busquei o vídeo, achei que combinava com a ocasião e o postei com um texto de despedida. Ele foi uma das minhas performances divertidas no cenário.
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Houve outras?
Sim, claro (Risos). Sou meio “palhaçona” e, depois do ao vivo, minha equipe e eu gostávamos de gravar uns takes engraçados. Eu fazia umas previsões do tempo amalucadas, dizendo que ia ter tornados, que ia chover “pra c…”, essas coisas (Risos). Mas saí de portas abertas, de bem com todo o mundo lá, que eu saiba…
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Você já fez uma despedida dessas antes?
Aos 15 anos, fui modelo e me mudei para São Paulo. Viajei o mundo durante seis anos, nunca ganhei tanto dinheiro em minha vida, até que um dia percebi que não era para mim e larguei tudo. De uma hora para outra, voltei para Porto Alegre, minha terra natal, e me inscrevi no vestibular de jornalismo na PUC-RS. Mas, na ocasião, não fiz nenhum vídeo como aquele (Risos).
Por que decidiu em todos os sentidos “virar sua cabeça para baixo”?
Gostava da RBS, da equipe e do meu trabalho, mas tenho outras vocações. Quero abrir uma produtora e fazer documentários. Já produzo um sobre uma tribo indígena do Rio Grande do Sul. A vida é curta e a gente tem de fazer o que gosta, sabe? Com essa repercussão enorme e inesperada, até pensei em batizar minha empresa nova de Bananeira Filmes. Pena que já tem uma com esse nome (Risos).
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