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‘Japonês’ da Lava Jato vira tema de marchinha de Carnaval

Música homenageia a operação após o apelido do agente da Polícia Federal Newton Ishii aparecer nos áudios das conversas de Delcídio

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2016, 11h50 - Publicado em 4 dez 2015, 17h22
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  • Figura sempre presente nas prisões da Operação Lava Jato e citado em gravação de conversa do senador Delcídio Amaral (PT-MS), o agente da Polícia Federal Newton Ishii agora é tema de marchinha de Carnaval. Começou a circular desta quinta-feira (3) na internet o vídeo “Marchinha do japonês da Federal”, em referência ao chefe do Núcleo de Operações da PF de Curitiba, palco da Lava Jato.

    Composta pelo advogado e compositor Thiago Vasconcellos de Souza, de 36 anos, em parceria com seus colegas músicos identificados como “Dani Batistonne”, “Jabolinha” e “Tigrão”, a música homenageia a operação após o apelido de Ishii aparecer nos áudios das conversas de Delcídio.

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    Em diálogo com o parlamentar e o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, cita o agente da PF como o “japonês bonzinho”. O trio foi preso no dia 25, por suspeita de tentarem prejudicar a Lava Jato e planejar uma fuga do ex-diretor da Petrobras.

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    “Aí meu Deus/ me dei mal/ bateu à minha porta/ o Japonês da Federal!”, diz o refrão da música, composta por Thiago Souza para o concurso de marchinhas carnavalescas da Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, cujas inscrições começam neste sábado, 5.

    “Achei que o japonês era o personagem perfeito para uma marchinha. Um cara que ninguém conhece direito, mas todo mundo conhece e acabou virando uma personalidade emblemática”, conta o compositor, que decidiu divulgar sua música na internet antes das inscrições.

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    Thiago diz não ser filiado a nenhum partido e que essa é a primeira marchinha que faz com referência a um tema político. Atualmente morando em Campinas (SP), ele conta que começou a compor sambas em 2007, quando morava na Vila Madalena, bairro boêmio da capital paulista. Foi convidado por um colega de bar a compor para escolas de samba da capital e chegou até a fazer composições vencedoras do carnaval paulistano deste ano.

    “Comecei frequentando a Pérola Negra, depois fui padrinho da Império de Casa Verde por três anos e ai entrei na ala de compositor da Mangueira (escola do Rio de Janeiro) por volta de 2010, quando teve um concurso de samba de terreiro”, conta Thiago, que fez os sambas deste ano da Dragões da Real, escola do grupo especial do carnaval de São Paulo e da escola Morro de Casa Verde, do grupo de acesso.

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