No meio do caminho entre o padre Marcelo Rossi e a nova geração de religiosos midiáticos, Fábio de Melo, de 42 anos, levou a música católica para o topo das paradas. Nascido na cidade de Formiga, no interior de Minas Gerais, ele vive num sítio em Taubaté, a 130 quilômetros da capital paulista, e já vendeu mais de 2 milhões de CDs, quase 1 milhão de DVDs, além de 500.000 livros.
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Bonito e carismático, é representado pela gravadora Sony Music desde o ano passado — um show dele custa em média 100.000 reais. Trata-se, ao lado de Marcelo Rossi, de uma das estrelas do grande momento da música religiosa. Entre os adeptos da religião, porém, há outros nomes consagrados, que inspiram os emergentes retratados nas últimas páginas a seguir seus passos.
O principal exemplo é o padre paranaense Reginaldo Manzotti, de 43 anos. De personalidade forte — chegou a chamar uma ouvinte de “safada” em programa de rádio ao saber que ela tinha um caso com o marido da vizinha —, já vendeu 810.000 discos e 800.000 livros. Em seus shows, toca de samba a reggae. “Para ter público eclético, é preciso diversificar o repertório”, diz. Desde o início do ano, vem uma vez por mês a São Paulo rezar missa para mais de 2.000 pessoas no Santuário São Judas Tadeu, na Zona Sul.
Mais versátil é o padre Hewaldo Trevisan, de 51 anos, que já promoveu até um navio temático, o Cruzeiro Católico. Nos encontros semanais, nas dependências do Instituto Amigos da Fé, em Santo Amaro, divulga um pouco de seus trabalhos — um livro e quatro CDs, com participação de cantores como Jair Rodrigues, Frank Aguiar e Bruno e Marrone.