O combate ao incêndio no Parque Estadual Juquery, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, que perdura desde domingo (22), conta com diversos profissionais, entre agentes do Corpo de Bombeiros, policiais, membros da Fundação Florestal e voluntários. Eles trabalham dia e noite para conter as chamas, que já consumiram 80% da área do parque. Apesar de em menor nível, focos de incêndio ainda persistiam na tarde desta terça-feira (24).
O guarda civil municipal Adelson Oliveira compartilhou, nesta segunda-feira (23), vídeos nas redes sociais em que chora ao relatar falar das chamas, que impossibilitam o salvamento dos animais do local. Ele também falou do drama vivido por alguns colegas, que chegaram até a desmaiar e serem reanimados, exaustos do combate ao fogo.
“Esse aqui é o sexto ou sétimo foco que a gente tenta conter para não se espalhar e o prejuízo ser maior. A gente não vai poder conter 100%, mas Graças a Deus pelo menos uma boa parte a gente vai conseguir. E o que mais dói é que daqui a gente ouve o grito dos bichinhos lá embaixo, pedindo socorro, e a gente não consegue ajudar. A gente não pode entrar lá para salvar o bicho, senão a gente morre queimado”, disse, comovido.
Adelson Oliveira também relata que diversos colegas brigadistas acabaram desmaiando por conta das chamas e tiveram que ser reanimados. “Olha o que o criminoso de um baloeiro conseguiu fazer, mais uma vez, com a riqueza que a gente tem no nosso município. Estamos há mais de cinco horas aqui, exaustos, muitos colegas aqui não aguentaram, sentiram mal e desmaiaram. Foram reanimados e estão lá de novo”, disse.
O GCM agradeceu em nome dos colegas à ajuda que a população da região têm dado aos combatentes. “Obrigado para todos estão vindo trazer lanche e água, aos voluntários e aos que estão em oração”, disse.
O incêndio
Nesta terça-feira (24), os bombeiros e brigadistas entraram no terceiro dia de combate às chamas, no Parque Estadual Juquery, que já teve 80% de área destruída, apesar dos esforços empregados pelas forças de combate. Segundo o Major Palumbo, porta-voz dos bombeiros, cerca de 75 bombeiros e 30 brigadistas continuam trabalhando no parque. O parque, criado em 1993, abriga o último grande remanescente de cerrado na Região Metropolitana de São Paulo.
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