Grupo de mulheres contra Bolsonaro no Facebook é hackeado e removido
Revolta toma a internet e mulheres pedem adesão a protestos que terão pelo Brasil contra a candidatura dele; rede social afirma que está investigando o caso
![](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/09/redesocialmulheresbolsonaro.jpg?quality=70&strip=info&w=693&h=399&crop=1)
Com mais de 2,3 milhões de participantes, o grupo no Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro” de membros que eram contra à candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, foi alvo de hackers na noite de sábado (15). Um integrante infiltrado com nome de Carlos Shinok conseguiu mudar o nome da página para ‘Mulheres com Bolsonaro #17’ e, por fim, ela foi temporariamente removida.
O grupo havia sido criado há menos de duas semanas por mulheres e explodiu em número de acessos, chegando a ganhar mais de 10 000 membros por minuto.
Integrante da página, Mariana Tonelli relata a VEJA SÃO PAULO como o episódio aconteceu na noite de ontem. “Excluíram as moderadoras, trocaram o nome da página e a foto de capa, como se o grupo estivesse apoiando o Bolsonaro. Até a hora que eu fui dormir, estavam tentando devolver o grupo para as donas. Quando acordei hoje vi que o grupo tinha sido deletado”, conta. “As moderadoras estavam tentando encontrar quem eram os infiltrados, mas nesse meio tempo elas tinham sumido do grupo”.
Procurado, a assessoria de imprensa do Facebook disse que o grupo foi temporariamente removido após a rede social detectar atividade suspeita. “Estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras”, informou em nota.
A comoção nas redes sociais está enorme na manhã deste domingo (16). No twitter, a hashtag #MulheresContraOBolsonaro entrou nos trending topics do Twitter no Brasil. Confira algumas das postagens abaixo. “Querem nos calar, sou lésbica, sou mulher, sou livre. Unidas contra Bolsonaro”, escreveu Giuliana Coelho. Com isso, as mulheres passaram a disseminar a lista das cidades onde haverá protesto contra o candidato e pedem adesão ao movimento. Em São Paulo será no dia 29 de setembro, às 17h, no Largo da Batata.
https://twitter.com/WithFraan/status/1041327083639721986
Querem nos calar
Sou lésbica , sou mulher , sou livre
Unidas somos a força. #MulheresContraOBolsonaro— Giu Bala não para 🚛🌈🏳️🌈 (@DrewCoelho) September 16, 2018
Ahh, q tag linda. Até melhorou minha manhã ver isso #MulheresContraOBolsonaro
— moonlight (@Gefontt) September 16, 2018
Não adianta excluir o grupo, pois nós já ultrapassamos S barreiras do Facebook e nossa união já está nas ruas!
Esse ataque ao grupo só demonstrou que conseguimos o alcance que queríamos! Estamos incomodando? Vamos incomodar muito mais!!#MulheresContraOBolsonaro pic.twitter.com/0iGnHKrmqt
— Anngs (@annesacco) September 16, 2018
Tentaram nos desarticular e tirar a nossa liberdade. Mas não calaram o nosso grito de #EleNão #EleNunca #MulheresContraOBolsonaro dia 29/09 está chegando! É nas ruas que vão ver a nossa força!
— Samantha (@Samanthamacedo3) September 16, 2018
Eles TINHAM q hackear o grupo #MulheresContraOBolsonaro q chegara a 2.2 mi e não parava de crescer. Será q eles acham q nossa mobilização não vai se refletir nas pesquisas, nas urnas? Mexeram com as pessoas erradas: as mulheres #EleNunca #HackeiemMeuVoto pic.twitter.com/6Wow4cUETH
— Lola Aronovich (@lolaescreva) September 16, 2018