O governo de São Paulo pode revogar o decreto que coloca o estado na Fase Vermelha aos finais de semana e entre às 20h e 6h da manhã em dias úteis. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na segunda (1º).
A decisão de endurecer as restrições em todo o estado foi anunciada no dia 22 de janeiro. A medida deveria permanecer até o dia 7 de fevereiro, quando haveria nova reclassificação. Segundo o governo, a mudança pode acontecer antecipadamente na quarta (3) caso a estabilidade de casos e mortes se mantenha, e haja queda no número de internações pela Covid-19.
“Na próxima quarta-feira o governo do estado de São Paulo vai anunciar mudanças nas medidas de restrição complementares do Plano São Paulo. Com duas semanas consecutivas no número de internações, e caso este cenário se mantenha em queda, na próxima quarta-feira (3), vamos anunciar medidas de suspensão das restrições impostas pelo Plano São Paulo relativas aos horários de funcionamento do comércio, shoppings, restaurantes, bares, inclusive aos finais de semana”, disse o governador João Doria (PSDB).
Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, alegou que houve melhora nos índices. “Na última semana houve uma queda de 8%, acumulada com a queda da semana anterior que foi de 4%. Isso mostra que as medidas estão funcionando, estão dando resultado”, disse.
“Nós tínhamos nos comprometido também que se a estabilidade se mantivesse, nós iríamos revisar as medidas complementares do Plano São Paulo. O que são estas medidas complementares: anunciamos na semana passada que operaríamos na fase vermelha durante os fins de semana em todo o estado, além de todos os dias após as 20h. Com essa estabilidade se mantendo até a quarta-feira, o que teremos é a suspensão dessas medidas complementares.”
As medidas mais restritivas impostas pelo governo foram alvo de duras críticas, principalmente por parte do comércio. O setor de bares e restaurantes chegou a protestar mais de uma vez. No último fim de semana, o empresário Rodrigo Alves, do Ponto Chic, resolveu abrir as portas de duas lojas em protesto após saber que o prefeito Bruno Covas havia ido ao Maracanã.