Nem de esquerda, nem de direita, nem de centro: foi assim que o Partido Social Democrático (PSD), criado pelo prefeito Gilberto Kassab em meados de 2011, veio ao mundo, segundo a definição de seu idealizador. E é assim, como um cupido desgovernado que lança flechas para todos os lados, que aparentemente pretende ficar.
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Apesar da falta de definição ideológica (ou, vai ver, por isso mesmo), a sigla arrebanhou, logo de cara, dois governadores e cinquenta deputados no Congresso — já nasceu como a terceira maior legenda do país. A força propulsora conquistada por Kassab, porém, não é igual ao seu prestígio na cidade.
Enquanto articulava para a execução de seu partido, o prefeito caiu na aprovação dos eleitores. Segundo pesquisa Datafolha realizada no começo de dezembro, para 40% dos entrevistados sua administração é péssima ou ruim — o mais baixo índice desde que iniciou o segundo mandato, em 2009. Para 72% dos que responderam à pesquisa, Kassab fez menos do que se esperava por São Paulo.