Instalada desde 2004 na Rua Agostinho Cantu, a Galeria Leme está em novo endereço. Transferiu-se em dezembro para a Avenida Valdemar Ferreira, no Butantã, depois de seu antigo terreno, a apenas duas quadras dali, ter sido incorporado pela Odebrecht. Para alegria dos entusiastas da construção no estilo cubo de concreto, foi mantido quase intacto o excelente projeto assinado por Paulo Mendes da Rocha em parceria com a Metro Arquitetos. Apesar disso, a empresa capitaneada por Eduardo Leme ganhou um espaço cerca de 50% maior, com uma segunda área expositiva e um pátio central. “O melhor de tudo foi preservar o desenho e corrigir alguns pequenos problemas”, diz o galerista.
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Para inaugurar a sede, está em cartaz a mostra “Transição”. Nela, doze artistas registram o processo de mudança de um lugar para o outro. Patricia Osses, por exemplo, gravou em vídeo dois violoncelistas, um em cada local, executando uma peça de Antonio Vivaldi, enquanto o português João Pedro Vale pintou o formato do prédio da Leme à deriva no mar, em um azulejo tipicamente lusitano. Elaine Tedesco filmou a si mesma como uma das garotas de programa que ficavam na porta do velho logradouro. Vestígios do edifício servem de material para instalações de Marcelo Cidade, André Komatsu e Sandra Gamarra. Sobressaem, por fim, as obras do fotógrafo Rogério Canella. Ele conseguiu dar contornos de abstração geométrica à imagem de uma reserva técnica. Completam a seleção Felipe Cama, Marcelo Moscheta, David Batchelor, João Loureiro e Milton Marques.
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