Há quase trinta anos uma referência musical paulistana, a Galeria do Rock quer agora se tornar centro histórico.
Em dezembro, o síndico do prédio, Antonio Souza Neto, foi a Brasília em busca de recursos do governo federal para a criação de uma série de projetos culturais no local, como um museu temático no 5º andar. A ideia é que a área tenha espaço para uma horta e um palco para realização de festivais de música. “Temos que aproveitar o potencial dessa molecada”, diz Neto.
Além disso, faz um ano que tramita na Câmara dos Vereadores um projeto de lei para transformar o local em patrimônio cultural da cidade. Inaugurado em 1963 como um espaço comercial tradicional, o “shopping” da Rua 24 de Maio ganhou o perfil atual a partir da década de 80, com a proliferação das lojas de discos — a pioneira Baratos Afins, de 1978, ainda está por lá.
Com 450 compartimentos, recebe cerca de 25 000 frequentadores por dia, geralmente na faixa dos 12 aos 28 anos, em busca de artigos ligados ao rock, a exemplo de camisetas de bandas como Iron Maiden e Ramones. Na última década, passou por nova repaginação, com a chegada de endereços especializados em skate e estúdios de tatuagem.