O ator Gabriel Braga Nunes, de 39 anos, acabou de interpretar um dos personagens mais importantes de sua carreira: o Léo, de “Insensato Coração”. Com contrato de quatro anos com a Rede Globo, Braga Nunes deu adeus ao vilão da novela das 9 e, antes de partir para uma longa temporada em Nova York, divulga a comédia “O Homem do Futuro”, que estreia na sexta (2).
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VEJA SÃO PAULO – Oito meses imerso no personagem da novela trouxeram que tipo de perdas e ganhos?
Gabriel Braga Nunes – Foi uma novela de sucesso, e meu personagem despertou muita empatia no público. As pessoas diziam odiar o Léo, mas falavam isso com um sorriso na cara. No último capítulo, meu telefone não parou. Todo mundo queria saber quem havia matado a Norma (papel de Glória Pires). Hoje, o espectador já sabe diferenciar o ator do personagem e não existe mais a reação hostil quando a gente interpreta um vilão. Mas as pessoas se sentem próximas a você e ficam suas “amigas”. Senti falta de mais tempo livre. Eu vivia no estúdio e perdi muita coisa, inclusive no cinema. Nem “Tropa de Elite 2” eu vi.
VEJA SÃO PAULO – As novelas tomam mesmo tanto tempo que fica difícil fazer cinema?
Gabriel Braga Nunes – Por coincidência, devo ter três filmes lançados neste ano. Além de “O Homem do Futuro”, estou em “País do Desejo”, recém-exibido no Festival de Gramado, e na coprodução italiana “Garibaldi na América”. Foram seis novelas em seis anos e, infelizmente, não há espaço na agenda para conciliar com filmagens. Agora vou ficar um longo tempo em Nova York praticando meus hobbies: tocar guitarra e correr. Não tenho compromissos profissionais em vista, e é muito boa a sensação de viajar sem ter data para voltar.
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VEJA SÃO PAULO – “O Homem do Futuro” traz a possibilidade de voltar no tempo para modificar o próprio passado. Há algo que você mudaria na sua história?
Gabriel Braga Nunes – O filme realmente questiona isso: será que foram certas as escolhas ao longo do tempo? É um exercício constante feito, principalmente, em datas redondas, aos 40, 50 anos. Eu, por exemplo, queria tocar guitarra e poderia ter feito outra escolha profissional. Decidi estudar na Unicamp e não na USP, o que determinou um início de carreira alternativo, mais focado na pesquisa. Outra coisa: quero muito ter um filho, e ser pai tardiamente não deixa de ser uma escolha.