Funcionários da Fundação Casa deflagraram greve nesta quarta-feira (3), após não entrarem em acordo com o governo estadual em relação ao reajuste salarial e de benefícios.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2) determinou, porém, que 80% do efetivo de servidores de cada área de atuação (agentes de apoio socioeducativo, agente operacional, agente educacional, assistente social, psicólogo, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, pedagogo e profissional de Educação Física) permaneçam em seus postos de trabalho, sob pena de multa de 200 000 reais por dia para o sindicato em caso de descumprimento.
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A greve foi aprovada em assembleia realizada pelo Sindicato da Socioeducação de São Paulo (Sitsesp) na última terça-feira (2), na qual 84% dos servidores rejeitaram a proposta apresentada pelo governo, de reajustar 6% dos salários e benefícios como vale refeição e alimentação.
Os trabalhadores participam nesta manhã de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde apresentam suas reivindicações. Além do aumento, a categoria pede melhores condições de segurança durante o trabalho. Também foi realizado um protesto na Fundação Casa da Vila Leopoldina, na Zona Oeste, e em outras unidades da instituição em todo o estado.
Na última terça, Tarcísio entregou à Alesp uma proposta de reajuste salarial para as polícias Civil e Militar de até 31%, a depender do cargo, e prometeu que vai dar aumento para as outras categorias de servidores públicos até julho.
Em nota, a Secretaria da Justiça e Cidadania e da Fundação CASA, informou que apresentou a “proposta de 6% de reajuste salarial, inclusive incidente sobre os benefícios dos servidores da Instituição – vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral –, aplicável a partir da folha de pagamento de maio, a ser creditada no mês de junho”. O governo ainda destacou que “realizará as avaliações de desempenho previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) relativas aos anos de 2017, 2018 e 2019, ao longo dos próximos três semestres, viabilizando a possibilidade de progressão funcional nas carreiras”, atendendo a uma demanda da categoria.
A pasta ainda ressaltou que, “entre 2018 e 2022, a Fundação CASA concedeu 18,91% de reajuste para os servidores, incluindo os benefícios do vale-refeição, auxílio-creche e auxílio-funeral. O vale-alimentação, por sua vez, teve elevação 45,42% no mesmo período”.