Os sindicatos que representam os metroviários, ferroviários e os funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiram nesta terça-feira (3) encerrar a greve. A paralisação, prevista para durar 24 horas, foi aprovada na semana passada e começou à meia noite desta terça.
Em assembleia, os grevistas votaram sobre o status da greve na quarta-feira (4). Foram 2.952 votos, dos quais 79% se manifestaram pela suspensão e 39%, pela continuação.
Outro assunto da reunião foi a realização de uma nova paralisação na semana que vem. Sobre a possibilidade, 39% dos votantes foram contrários.
As entidades protestam contra os planos de privatização dos serviços de transporte e água que estão sendo estudados pelo governo estadual e são promessas da campanha do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os grevistas pedem o cancelamento do edital de concessão da Linha 7-Rubi, da CPTM, e dos estudos de privatização da Sabesp, além de realização de um plebiscito para avaliar os planos de concessão do Metrô para a iniciativa privada.
Em meio à paralisação, o governador defendeu as quatro linhas já privatizadas (Linha 4-Amarela, Linha 5-Lilás, Linha 8-Diamante e Linha 9-Esmeralda) e afirmou que a ação é “política, ilegal e abusiva”. Tarcísio também criticou o descumprimento da ordem judicial que determinou o funcionamento do Metrô e CPTM com 100% do efetivo em horários de pico e 80% no resto do período. A Justiça do Trabalho de São Paulo chegou a aumentar o valor das multas diárias aplicadas para as entidades.
Por conta da greve, a gestão municipal determinou funcionamento de 100% da frota de ônibus na capital e suspendeu o rodízio. Apesar do funcionamento das linhas concedidas, a Linha 9-Esmeralda apresentou falhas no sistema elétrico e paralisou trechos, fazendo necessário o uso de ônibus PAESE para suprir a demanda dos passageiros.