Sejam pequenos, sejam adolescentes, os filhos nunca foram tão protagonistas dos conflitos vividos pelos pais quanto atualmente, na opinião de vários especialistas. “A frase ‘não sei o que fazer para ele me respeitar’ se tornou comum”, diz Cristiano Nabuco de Abreu, terapeuta cognitivo. Os adultos perderam o hábito de ser firmes porque não querem jamais ver nenhum tipo de desagrado na infância, o que é um erro. “Eu digo: ‘Frustre suas crianças algumas vezes. Seja consistente e ponha regras. Elas precisam desenvolver essa habilidade para se preparar diante da vida”, completa Nabuco.
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Alberto Pereira Lima Filho, psicanalista de orientação junguiana, corrobora: “O excesso de gratificações imediatas promove nas pessoas a crença de que ‘querer é poder’. É perigoso. Filhos que não conseguem tudo de imediato desenvolvem uma boa noção de cidadania, ética, capacidade de se relacionar, baixo grau de ansiedade, espírito de luta e criatividade.”