“Fedegunda” narra a história de uma menina que perdeu seu coração
Atores do delicado musical fazem um bom trabalho tanto gestual quanto na interpretação das canções
Imagine acordar e perceber que seu coração sumiu. “Fedegunda“, musical escrito e dirigido por Karen Acioly, parte desta ideia para abordar o fim dos relacionamentos de forma delicada e metafórica. Em cena, a personagem-título, papel de Tatih Köhler, vai atrás de seu coração, desaparecido misteriosamente. Para recuperá-lo, ela ouve os conselhos do Mar (Wladimir Pinheiro), do Vento (Kiko do Valle) e do Tempo (Felipe Domingues). Sua aventura, porém, começa de verdade quando a garota constata que ele está com outra pessoa.
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Cansado, o órgão passou a pulsar no peito do menino dos seus sonhos, representado pelo Desejo (Cayo Caesar). A partir desse reencontro, uma bela história de amor tem início na vida da menina. Com a passagem do Tempo, entretanto, o romance foi esquecido, e o protagonista foge de novo, despedaçado. Cabe a Fedegunda remendá-lo para reverter a situação. Narrada por Betto Serrador, a encenação ganha brilho com as doze músicas tocadas eficientemente por Tony Lucchesi em um teclado no canto do palco. Cantadas ao vivo, as composições podem cansar os menorzinhos, mas as crianças maiores, principalmente as meninas, ficam encantadas com os arranjos durante a montagem. Em um cenário minimalista, os atores fazem um bom trabalho tanto gestual quanto na interpretação das canções.
AVALIAÇÃO ✪✪✪