Lançado em 2005, o álbum “Tanto Mar” resultou em uma apresentação diferente do que Fafá de Belém costuma fazer. Composto apenas por canções de Chico Buarque, o concerto é inteiramente acústico e a cantora passa boa parte do tempo sentada em um banquinho, com um figurino básico de calça preta e camisa branca. Vira e mexe ela tira esse show do baú. “Sempre que vou começar um novo tempo eu resolvo marcá-lo”, diz.
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Prestes a virar avó e depois de uma participação emocionante na tradicional festa do Círio de Nazaré, que ocorreu no domingo (9) em Belém, Fafá volta aos palcos com o álbum. O disco agora vai originar um DVD ao vivo, que deve ser feito em novembro. A apresentação deste sábado (15 ) no Ao Vivo Music é uma espécie de aquecimento para a gravação. Os ingressos estão esgotados.
Em entrevista a VEJINHA.COM, Fafá explica por que escolheu cantar Chico e fala sobre a espera da neta:
VEJA SÃO PAULO — Por que cantar Chico Buarque?
Fafá de Belém — Nos meus 30 anos de carreira decidi fazer uma coisa marcante, e o primeiro disco que eu comprei com a minha mesada foi do Chico. Esse disco, “Tanto Mar”, tem seis anos. Sempre que vou começar um novo tempo eu resolvo marcar um show dele. Os últimos três meses foram bem corridos e, depois da apresentação no Círio de Nazaré, decidi fazê-lo novamente.
VEJA SÃO PAULO — Vão ser só músicas de Chico mesmo ou você vai abrir o repertório para sucessos seus?
Fafá de Belém — Esse é diferente dos outros shows. A música é a protagonista. Eu sou apenas a voz e fico sentada em um banquinho, vestida com calça preta e camisa branca cantando acompanhada de quatro músicos. A apresentação é inteira acústica e eu toco apenas músicas do Chico. O repertório dele é muito popular e não dá para escolher uma favorita. Toco 23 canções ao todo.
VEJA SÃO PAULO — O show tem uma premissa mais sério. O público vai poder ouvir sua característica risada?
Fafá de Belém — Nada é programado, principalmente uma risada. O show tem momentos mais sérios e mais descontraídos, mas não dá para saber se vou rir ou não. No palco, fico mais preocupada com a banda e com o programa.
VEJA SÃO PAULO — Você gostaria de regravar músicas de algum outro artista?
Fafá de Belém — O Brasil é muito rico musicalmente. Estou preparando um projeto com Villa-Lobos, que não dá para fazer em seis meses por causa de sua complexidade. Também tenho planos de gravar músicas de Paulo André e Ruy Barata, meus conterrâneos.
VEJA SÃO PAULO — Está ansiosa para ser avó?
Fafá de Belém — O nascimento do bebê é um estado de graça. Essa criança vem trazendo uma luz, uma vida. Estarei sempre à mão, mas não serei aquela chata que aparece sem ser convidada. A Mariana e o Cristiano é quem são os pais.