Os estragos que os anabolizantes causam no organismo
Entenda como agem no corpo os hormônios sintetizados em laboratórios
Exibir os músculos sarados é um dos troféus mais cobiçados na era do culto ao corpo. Consultórios de nutrição esportiva na capital chegam a registrar um aumento de 50% em seu movimento quando o verão se aproxima. Há profissionais da área que turbinam os resultados graças a uma roleta-russa química na qual se destaca o abuso dos esteroides anabolizantes. Hormônios masculinos sintetizados em laboratório, eles estimulam a produção de proteína nas células musculares e, em sua utilização terapêutica, auxiliam na recuperação da massa corporal de pacientes debilitados por câncer ou aids, entre outras aplicações.
Nas últimas décadas, popularizaram-se muito no meio das academias, onde são chamados de “bombas” graças ao seu efeito potente no organismo. Utilizadas em alta dosagem, tais drogas funcionam como um elixir mágico capaz de transformar o físico de pessoas em um curto espaço de tempo, rendendo doses extras de força e acelerando o processo de recuperação depois dos exercícios.
Mas essa é uma terapia bastante perigosa. A lista de efeitos colaterais inclui doenças cardíacas e tumores no fígado. Devido a isso, a prescrição dos medicamentos a pessoas saudáveis é proibida pelo Conselho Federal de Medicina. Quem as receita para fins estéticos está sujeito a um processo que pode resultar, em última instância, na cassação do diploma. Alguns não se importam em correr os riscos. A forte demanda, a fiscalização frouxa e os altos lucros falam mais alto.
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