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Empresa dá lance de R$ 9,2 milhões por mês para implementar Smart Sampa

Prefeitura realizou nesta segunda-feira (29) pregão eletrônico para contratar empresa que vai instalar 20 000 câmeras de reconhecimento facial na cidade

Por Hyndara Freitas
29 Maio 2023, 17h14
Cameras de reconhecimento facial
 (Alexandre Moreira/Veja/Veja SP)
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A Prefeitura de São Paulo realizou nesta segunda-feira (29) o pregão eletrônico que visa contratar uma empresa para instalar 20 000 câmeras de reconhecimento facial na cidade. A empresa vencedora, a que ofereceu o menor valor, deu um lance de 9 200 000 reais por mês para implementar a tecnologia.

Agora, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana vai avaliar se a empresa tem viabilidade para cumprir os serviços antes de fechar o contrato. Serão feitos testes com uma quantidade limitada de câmeras por alguns meses para verificar como as câmeras vão funcionar na prática.

As câmeras fazem parte do projeto Smart Sampa, que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tenta implementar desde o ano passado como estratégia de melhorar a segurança pública da capital. O edital prevê um contrato de 60 meses com a empresa vencedora, que vai ser responsável por instalar as câmeras com a tecnologia de reconhecimento facial e operá-las. Ou seja, nos cinco anos do contrato, a Prefeitura poderá gastar 552 milhões com a iniciativa. A primeira central de monitoramento será na sede da Prefeitura de São Paulo, no Centro.

A ideia é usar bases de dados da Guarda Civil Metropolitana (GCM), da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), da Polícia Militar, da CPTM e Metrô, entre outras instituições, para localizar pessoas procuradas pela Justiça, suspeitos de cometer crimes e pessoas desaparecidas. De acordo com a gestão municipal, as câmeras devem ser instaladas no entorno de escolas, unidades de saúde, parques, na entrada e saída do município e em locais “com maior incidência de criminalidade”.

No entanto, desde a divulgação de seu edital, no ano passado, o programa é alvo de críticas de entidades defensoras dos direitos humanos e da proteção de dados pessoais, além de investigação pelo Ministério Público e questionamentos na Justiça e no Tribunal de Contas do Município (TCM-SP).

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No dia 18 de maio, a Justiça determinou a suspensão do pregão por apontar possível viés discriminatório do reconhecimento facial e falta de garantias para proteger os dados pessoais da população. Isso porque há estudos que mostram uma maior incidência de erros da tecnologia na hora de reconhecer pessoas negras, o que pode levar à prisão de inocentes. A prefeitura recorreu e conseguiu uma decisão favorável no dia 23, de uma desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

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