Pesquise a carreira política dos candidatos
■ Se seu candidato pleiteia a reeleição ou outro cargo, veja como foi seu desempenho nos sites da Assembleia Legislativa (www.al.sp.gov.br), da Câmara dos Deputados (www.camara.gov.br), do Senado (www.senado.gov.br) e de ONGs como Voto Consciente (www.votoconsciente.org.br), que acompanha vereadores e deputados estaduais. Vale a pena consultar também instituições como o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (www.diap.org.br) e o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (www.cebrap.org.br), que divulgam trabalhos sobre senadores e deputados federais. Verifique os projetos que seu candidato propôs, se ele compareceu às sessões e como se posicionou nos principais temas. Visite ainda o site do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.jus.br) e do Supremo Tribunal Federal (www.stf.jus.br) para ver se ele está apto a concorrer. Por causa da lei Ficha Limpa, há candidaturas que podem ser impugnadas.
+ Eleições: não desperdice o seu voto
Saiba identificar falsas promessas
■ “Parlamentar que diz que levará metrô para determinada região ou realizará qualquer outra obra está prometendo o impossível”, afirma Rosangela Giembinsky, da ONG Voto Consciente. Embora deputados e senadores possam encaminhar demandas da população aos governantes, dispor de recursos e autorizar gastos é tarefa do Executivo.
+ Responda à nossa enquete: você lembra em quem votou nas últimas eleições?
Não releve a influência do partido
■ Antes da votação de um projeto, os parlamentares de um mesmo partido decidem em conjunto se serão a favor ou contra. Mesmo que um deles discorde de uma decisão, o mais provável é que vote com os demais para não enfraquecer o grupo. Assim, antes de escolher um candidato, procure saber qual a posição de seu partido sobre temas relevantes.
Denuncie os crimes eleitorais
■ Prometer dinheiro, presentes, empregos ou funções públicas para o eleitor é crime de corrupção eleitoral, ainda que as ofertas não sejam aceitas. Irregularidades podem ser denunciadas por qualquer cidadão ao Ministério Público Eleitoral. Os telefones do disque-denúncia eleitoral são 0800-880-3448 (Grande São Paulo e interior) e 4003-3448 (capital).
Diga não aos fichas-sujas
■ A lei Ficha Limpa, criada para tentar melhorar o nível dos candidatos, poderá complicar os resultados desta eleição. Até que haja decisão em última instância, quem teve sua candidatura indeferida pode recorrer e permanecer na disputa. “Será uma eleição longa, já que as decisões poderão sair meses depois do pleito”, diz o presidente do TRE-SP, Walter de Almeida Guilherme. Ainda não há consenso sobre o que ocorrerá com os votos recebidos por um candidato que posteriormente for impugnado. Para saber quem são os candidatos fichas-sujas, consulte www.divulgacand2010.tse.jus.br/divulgacand2010.
Voto governista ou oposicionista?
■ Se o Senado, a Câmara dos Deputados ou a Assembléia Legislativa tiver maioria governista, a tendência é que as propostas do Executivo sejam aprovadas mais facilmente e a fiscalização seja menos rigorosa. Por outro lado, a maioria oposicionista pode dificultar a tramitação de projetos importantes. O ideal é que a presença de ambas as bancadas seja equilibrada. Considere os partidos dos candidatos a presidente e a governador ao optar pelos postulantes aos cargos legislativos.
Novidade é sempre bom?
■ Nem sempre. Escolher um candidato que ajude a renovar a Casa ou que já esteja lá há algum tempo traz vantagens e desvantagens. Para o cientista político Rubens Figueiredo, a experiência parlamentar é benéfica, já que leva tempo para que se conheçam bem os trâmites. A coordenadora da ONG Voto Consciente Rosângela Giembinsky, no entanto, afirma que a partir do segundo mandato a produtividade costuma cair. A média de renovação da Assembleia Legislativa, da Câmara dos Deputados e do Senado a cada eleição é de cerca de 50%.
No dia 3, não esqueça um documento com foto
■ Neste ano, além do título eleitoral, o eleitor deve apresentar um documento com foto em seu local de votação. Especialistas temem que a exigência crie obstáculos para votar. “Como a seção costuma ser perto da casa do eleitor, espera-se que, caso ele esqueça um dos documentos, tenha tempo suficiente para buscá-lo”, diz Antonio Carlos Mendes, advogado e professor de direito constitucional da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.