O prefeito João Doria enfrentou protestos na manhã desta quarta-feira (25), quando chegava à Catedral da Sé, na região central, para uma missa pelo aniversário da cidade de São Paulo.
Manifestantes ligados à entidade Rede Minha Sampa levaram cartazes com os dizeres “Cidade Cinza” em alusão aos grafites da Avenida 23 de Maio, apagados no último final de semana pela prefeitura.
O grupo entregou a Doria um mapa com o levantamento de mais de 100 grafites na capital. “O que vocês defendem é a arte, não é a pichação. A pichação não é arte, é destruição”, declarou o tucano. “Eu peço que os pichadores preservem, não mutilem as obras daqueles que, como grafiteiros, como muralistas, fazem arte urbana, que é um valor importante da cidade”, afirmou.
Apóstolo Paulo
Na mesma região, uma estátua em homenagem ao apóstolo Paulo, que dá nome à cidade de São Paulo, amanheceu pintada com tinta vermelha. Para o prefeito João Doria (PSDB), o autor do ato não “tem amor próprio” e “fé”.
Acompanhado do arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, Doria depositou flores no pé da estátua e falou sobre a pintura. “Depositamos as flores aqui não só em homenagem, mas em solidariedade à tristeza que é. Isso é o vermelho do sangue”, afirmou o prefeito.
“As pessoas que fazem isso não gostam da cidade de São Paulo. São pessoas que agridem a nossa cidade. São pessoas que não amam São Paulo. E por não amar São Paulo também não têm amor próprio. Quem não tem amor próprio não tem fé.”
O prefeito afirmou que pediu ao prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, que mantivesse a pintura exatamente como foi feita na madrugada. Na sequência, funcionários da prefeitura iniciaram a limpeza do monumento.
Antes, Doria havia participado de um ato cívico em homenagem ao aniversário da cidade no Pátio do Colégio, local de fundação de São Paulo, em 1554, bem próximo da Praça da Sé.