O tenente-coronel Rivelino Barata Batista de Sousa, diretor geral do Arsenal de Guerra de São Paulo, será exonerado do cargo após o furto de 21 armas de um quartel em Barueri, no interior paulista. O anúncio foi feito pelo general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (19).
No pronunciamento, o general também apresentou informações sobre a investigação que está sendo conduzida, que aponta para o furto com a participação de militares como a linha mais provável.
“Os militares que tinham encargo de fiscalização e controle poderão ser responsabilizados na esfera administrativa e disciplinar por eventuais irregularidades”, indicou o general.
Ele ainda disse que o extravio ocorreu possivelmente no lapso temporal de 5 a 8 de setembro. Segundo o general, o armamento é conferido de forma diária, porém a última verificação teria acontecido no dia 6 de setembro. Apenas no dia 10 de outubro foi descoberta a subtração das armas e constatada a substituição do cadeado e lacre na reserva.
Nesta quinta, a Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou oito das 21 armas furtadas, que estavam em um carro roubado encontrado na Zona Oeste da capital fluminense.
O furto das armas
O Exército alega que, no dia 10 de outubro, durante uma inspeção, foi constatado o sumiço de 21 armas do quartel de Barueri, sendo 13 metralhadoras calibre .50 (capazes de derrubar aeronaves) e oito calibre 7,62. A corporação, então, informou que 480 militares ficariam retidos no quartel para investigação. Posteriormente, 320 deles foram liberados, mas 160 ainda estão “aquartelados”.