Epicentro da contaminação de Covid-19 no Brasil, São Paulo torna ainda mais evidente o efeito da desigualdade social em tempos de quarentena. Enquanto no Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, o primeiro a registrar paciente com coronavírus na cidade, o número de contaminados cai há dois meses seguidos, a periferia assumiu a ponta dos casos graves e dos óbitos. Dados da prefeitura mostram que, dos catorze distritos com mais mortes por coronavírus, TODOS ficam fora do centro expandido. Atualmente é mais fácil morrer de Covid na Brasilândia, Sapopemba, Grajaú, Capão Redondo, Jardim São Luís, Cidade Ademar, Jardim Ângela, Tremembé, Cachoeirinha, Itaquera, Sacomã, Cidade Tiradentes, Jabaquara ou São Mateus do que nos bairros mais ricos. A seguir, mais números da desigualdade paulistana.
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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 10 de junho de 2020, edição nº 2690.