“Duas coisas me marcaram naquele dia. Uma delas foi o gol do Basílio, é claro. Como fiquei na arquibancada atrás do gol da Ponte, no segundo tempo, vi de perto a expulsão do Rui Rey e o gol do título, que foi algo impressionante. O estádio inteiro estava na expectativa do gol. No lance histórico dos sete segundos, quando o Vaguinho chuta a bola na trave, todo mundo pula. Quando o Wladimir dá a cabeçada e a bola é rebatida, mais uma vez a torcida pula, leva as mãos à cabeça. Agora, quando a bola volta e o Basílio enche o pé, estufando a rede, aí todo mundo desaba. Aquilo virou uma loucura total, uma comemoração absurda mesmo. Os oito minutos restantes pareciam oitenta! Mas, depois do apito final, não queria mais sair do estádio. Meus amigos se despediram de mim e fiquei até o fim! Fui embora a pé. Quando cheguei à Avenida Cidade Jardim, vi um trio elétrico pela primeira vez na minha vida. Um monte de gente ao redor, com bandeiras, soltando rojões e cantando. O gol e o trio foram as duas coisas inesquecíveis daquele 13 de outubro.”
Serginho Groissman, apresentador de TV, tinha 26 anos