Ele, na verdade, se chamava Oswaldo — Baltazar era o irmão, que também jogava futebol, embora não profissionalmente. No início dos anos 50, já usando o apelido, Baltazar tornou-se um ícone paulistano. Ele e sua lendária cabeça, que utilizava para mandar a bola às redes dos adversários. Ganhou um automóvel Studebaker zero-quilômetro como prêmio do concurso ‘O Craque Mais Querido do Brasil’ e virou até samba. Composta pelo corintiano Alfredo Borba e gravada por Elza Laranjeira em 1953, a música dizia assim: “Gol de Baltazar / Gol de Baltazar / Salta o Cabecinha, 1 a 0 no placar!”.
Durante os doze anos em que esteve a serviço do Timão, o Cabecinha de Ouro, como passou a ser chamado por causa dessa habilidade, marcou 267 gols. Desses, 71 foram comprovadamente de cabeça. Baltazar veio do Jabaquara de Santos, sua cidade natal, em 1945, e foi artilheiro do Campeonato Paulista de 1952, com 27 gols. Pela seleção brasileira, esteve nas Copas de 1950 e 1954. “Nunca fui muito bom com os pés”, costumava assumir. “Mas, com a cabeça, nem Pelé foi melhor que eu.”
Nome: Oswaldo Silva
Nascimento: Santos (SP), 14/1/1926
Morte: São Paulo (SP), 25/3/1997
Posição: centroavante
Período: 1945 a 1957
Jogos: 402 (248 vitórias, 70 empates, 84 derrotas)
Gols: 267
Títulos pelo Corinthians: três Paulistas (1951, 1952 e 1954) e três Rio-São Paulo (1950 e 1953/54)