Em festa para mais de 1.300 convidados no último dia 15, foram anunciados os campeões da boa mesa da edição especial “Comer & Beber 2011-2012” de VEJA SÃO PAULO. O evento, realizado no HSBC Brasil e apresentado pela atriz Claudia Raia, revelou o nome de 43 ganhadores do maior, mais importante e mais cobiçado prêmio gastronômico da cidade. Ao todo, a revista que chegou às bancas no fim de semana, com o número recorde de 612 páginas, traz 1.320 endereços de Restaurantes, Vinhos, Bares e Comidinhas. A edição, que completou quinze anos, está repleta de novidades.
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Pela primeira vez, foram pagas as contas de 27 jurados convidados, que visitaram pelo menos três endereços de cada categoria em votação. Eles gastaram 130.000 reais e estiveram em 1.140 estabelecimentos. Como faz regularmente a equipe da redação, composta pelo editor Arnaldo Lorençato e pelos repórteres Fabio Wright, Helena Galante e Daniel Ottaiano, os jurados realizaram suas avaliações anonimamente e tiveram as despesas reembolsadas mediante a apresentação de notas fiscais.
Também é inédita a participação do leitor. Em pesquisa com 472 assinantes, foram escolhidos dez beliscos, drinques e pratos. Entre eles, o brigadeiro da Maria Brigadeiro, em Pinheiros, a caipirinha do bar Veloso, na Vila Mariana, e a lasanha do Gero, nos Jardins. “Foi a minha grande e boa surpresa do ano”, diz o restaurateur Rogério Fasano, ganhador igualmente do troféu de melhor italiano, o Fasano, no voto do júri.
Em Restaurantes, três endereços chegaram ao pódio pela primeira vez: a cantina Marina di Vietri, na Vila Olímpia, o espanhol Arola Vintetres, no Jardim Paulista, e o variado AK Vila, na Vila Madalena. Para festejar, o proprietário da Marina di Vietri, Vincenzo Vitale, arriscou uns passos de tarantela com a atriz Bruna Lombardi, que lhe entregou a placa dourada. Filha de Vitale, Patrizia Previati conta que no sábado e no domingo foram pedidos 120 espaguetes ao vôngole, prato que ilustra a página de melhor cantina no “Comer & Beber”. “Precisamos encomendar mais vôngole no sábado à noite. Do contrário, não conseguiríamos atender a freguesia no domingo”, diz. Chef revelação, Alberto Landgraf, do Epice, no Jardim Paulista, estima um aumento na frequência de 20% no último fim de semana. Homenageado por VEJA SÃO PAULO como a personalidade gastronômica deste ano, Walter Mancini era pura emoção. “É um marco na minha vida”, comentou.
Ao receber o título de melhor café das mãos da apresentadora Ana Maria Braga pelo Coffee Lab, na Vila Madalena, a barista Isabela Raposeiras dava pulos de alegria no palco. Ainda entre as Comidinhas, o Butcher’s Market, inaugurado em maio, sagrou-se vitorioso na categoria hambúrguer. “O número de clientes quase dobrou. Por isso, aumentamos a produção em 40%”, revela o chef Paulo Camargo. Apontado como o melhor boteco da cidade, o Empório Sagarana viu desaparecer seus pães de queijo, dos quais preparou sete fornadas no sábado. “Usamos esses pães para fazer nosso sanduíche de pernil desfiado, que apareceu no ‘Comer & Beber’ ”, comemorou o proprietário Paulo Leite.
EFEITOS DA VITÓRIA
– O AK Vila, campeão na categoria variados, atendeu 230 pessoas no último domingo, contra os 120 clientes que normalmente aparecem nesse dia.
– A Marina di Vietri, eleita a melhor cantina, precisou encomendar um lote extra de mexilhões para dar conta dos pedidos. Seu estoque para o fim de semana acabou no sábado.
– Foram pedidos mais de 300 coquetéis no sábado no MyNY Bar, detentor do título de melhor carta de coquetéis. Habitualmente, a casa prepara em média 150 nessa noite.
– No Butcher’s Market, apontado como o melhor hambúrguer da cidade, a produção da cozinha aumentou em 40% e foram contratados dois novos garçons.
– Eleito a melhor cozinha pela segunda vez, o Bar da Dona Onça teve de ampliar a área de espera de doze para 35 lugares.