Em outubro, Anael Fahel, sócio do Aquário de São Paulo, no Ipiranga, se juntou ao empresário Armando Paes para resgatar um ícone do passado: a Cidade da Criança, em São Bernardo do Campo. Após ganhar a concessão para explorar quiosques de alimentação, a lanchonete, brinquedos e outras atrações, ele desembolsou 6 milhões de reais, que se somaram aos 5 milhões de reais investidos pouco antes pela prefeitura local. “A infraestrutura estava boa quando nós entramos, só faltavam as atrações”, diz Fahel. Inaugurado em 1968, aproveitando os cenários utilizados para a gravação da novela “Redenção”, da extinta TV Excelsior, o local foi fechado em 2005, em péssimo estado de conservação. Desde então, já abriu e fechou diversas vezes. Nos últimos três meses, o parque ganhou vinte novos brinquedos, caso da roda-gigante e do tagadá, prato que gira em torno do próprio eixo.
Apesar de contar com algumas áreas ainda em reforma, a Cidade da Criança é um programa bacana para o fim de semana. Há atrações para crianças pequenas, entre 2 e 5 anos, e para maiorzinhos. Já as que têm mais de 10 anos, no entanto, provavelmente não vão achar graça ali.
O Aquário, visitado por 3.000 pessoas aos sábados e domingos, é o atual responsável pela manutenção da maioria dos espaços do parque. Ao município cabem os serviços de limpeza, segurança e jardinagem. “Com a concessão para a iniciativa privada, há mais agilidade. Um parque não precisa ficar prisioneiro da burocracia pública”, afirma o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. Até o fim das obras, previsto para abril, serão outros 27 brinquedos novos. O passeio de barco “Rio Amazonas” e o célebre submarino “Mare Nostrum”, ambos dos velhos tempos, devem retornar no mês que vem.
Na área de 47.000 metros quadrados tem ainda o planetário (previsto para reabrir no fim do mês), circuito de arvorismo, gibiteca, sala de games, autorama, cinema 4D e teatro. Em abril estreia o museu da TV, com acervo da atriz Vida Alves. O parque tem entrada gratuita e oferece atrações que custam entre 2 e 10 reais. Outra opção é o passaporte (por 20 ou 30 reais), que não inclui cinema, arvorismo nem sala de games.