Entre as mais de 12 mil aeronaves brasileiras que cruzam os céus do país por ano, apenas 700 são jatinhos executivos. O número, que deve ser multiplicado por quinze na próxima década, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAG), revela uma preferência: os donos das pequenas máquinas voadoras costumam se decidir pelos modelos da norte-americana Cessna, fabricante da linha Citation. A empresa detém quase 50% deste mercado, à frente até mesmo da Embraer. São 315 jatos, de dez modelos diferentes, no Brasil – só os Estados Unidos superam a marca. “As aeronaves Citation têm bom desempenho em pistas curtas, como as nossas, e bom custo-benefício também”, diz Daniel Torelli, sócio da consultoria em aviação Aerogrips.
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Os best-sellers da família Citation são os jatos Mustang, CJ4, XLS+ e Sovereign. A partir de 2017, a linha deve aumentar – e alçar voos ainda mais longos – com a previsão de chegada ao mercado do Citation Longitude, o primeiro jato da Cessna que promete voar trechos de até 7 408 quilômetros (ou 4 mil milhas náuticas) sem escalas, com uma velocidade média de 900 quilômetros por hora. Isso significa, por exemplo, decolar em São Paulo e pousar em Miami ou fazer trechos como Nova York-Paris, Londres-Dubai, Pequim-Moscou non-stop.
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O anúncio do novo jatinho foi feito durante a mais recente edição da feira de aviação EBACE (European Business Aviation Convention & Exhibition), em Genebra. Se as promessas decolarem – o Longitude será testado a partir de 2013 para só então receber licença para voar – o jato deve ser o de melhor relação custo-alcance da categoria. Classificado como um super mid-size pelo alcance intercontinental, acomoda até nove passageiros (mais a tripulação) na cabine de 9,4 metros de comprimento. O preço deve ficar nas casa dos 26 milhões de dólares, sem impostos. É o valor médio de um jato mid-size, como são chamadas as aeronaves com autonomia de voo de cerca de cinco mil quilômetros – dois a menos do que o previsto para o Citation Longitude.
As promessas não param na quilometragem. O bagageiro, diferentemente do que acontece nas demais aeronaves, está projetado ficar junto aos passageiros na cabine pressurizada. Isso garante acesso irrestrito às malas e evita surpresas desagradáveis como estouros de vidros de perfume e outras embalagens, causada pela falta de condições normais de pressão em outros compartimentos. A estimativa de peso da bagagem ainda não foi divulgada, mas deve superar os quatro sacos de golfe, três sacos de esqui e sete malas grandes do CJ4, um dos Citation mais vendidos hoje no Brasil. “Será um jato tanto para uso em negócios quanto em viagens familiares”, diz Leonardo Fiuza, diretor comercial da TAM Aviação Executiva, representante da Cessa no país.
Cessna Citation Longitude. Encomendas na TAM Aviação Executiva, tel. (11) 5582 8711.