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Centros culturais ganham público com misto de galeria, cinema e balada

São lugares de nomes estranhos como +Soma, na Vila Madalena, Cartel011, em Pinheiros, e Matilha Cultural, no centro, que trouxeram frescor

Por Daniel Nunes Gonçalves
Atualizado em 5 dez 2016, 18h57 - Publicado em 22 fev 2010, 11h45
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  • Os frequentadores do circuito paulistano das artes adoram garimpar novidades. Uma boa safra de points recém-inaugurados tem feito a alegria dessa turma, sobretudo dos fãs de centros culturais alternativos. São lugares de nomes estranhos como +Soma (lê-se “mais soma”), na Vila Madalena, Cartel011, em Pinheiros, e Matilha Cultural, no centro, que trouxeram frescor investindo especialmente na divulgação de artistas da cena independente e misturando em suas galerias moderninhas atrações que poderiam não caber em endereços voltados para o grande público. “É um lugar para intervenções artísticas”, define o empresário Gabriel Pinheiro, um dos proprietários do b_arco (o nome é uma adaptação de “brasil artecontemporânea”). Ele se refere à variedade de atividades do espaço, na Vila Madalena. Colado à Galeria Virgílio, divide- se em galpões cujo foco, além das artes plásticas, passa por literatura, teatro e cinema. Um café e uma pequena livraria completam o cardápio de atrativos. Enquanto um deles exibe exposição de fotojornalistas da agência Magnum, outros sediam cursos de temas como história da arte moderna e técnicas de atuação.

    Uma simpática loja de livros e cacarecos descolados fica na entrada do pavilhão com mezanino do Espaço +Soma. “Queremos democratizar o acesso à arte, misturando a vertente urbana com a acadêmica, e investir na cena musical independente”, diz o publicitário Tiago Moraes, um dos sócios. Criado em abril de 2009 a partir do sucesso de um site e uma revista de mesmo nome, o +Soma exibe até 6 de março três painéis e mais de trinta fotos sobre o universo punk rock. Às sextas, o café do interior da galeria transforma-se em barzinho para happy hour ao som de DJ. Aos sábados, rolam shows de bandas.

    Para não se tornarem baladas comuns, alguns desses novos centros multifuncionais que possuem bares fecham suas portas às 22 horas. É o caso do Cartel011, criado em junho do ano passado, que promove mostras sobre artes plásticas, fotografia e moda. E também da Serralheria, inaugurada em dezembro nos fundos de uma marcenaria da Lapa. Nessa última, apesar do horário restrito, os shows, performances e exibições de VJs acontecem em um galpão de 120 metros quadrados com isolamento acústico — tudo para fazer barulho à vontade sem correr risco de se indispor com a vizinhança. “Nossa inspiração veio das ocupações de espaços urbanos comuns em metrópoles do exterior”, explica um dos proprietários, o designer Amadeu Zoe.

    Arte de rua e ativismo ambiental formam o cardápio da Matilha Cultural, inaugurada no centro em maio passado na esteira das nobres intenções de revitalizar aquela região da cidade. Uma impressionante sala de cinema com 68 lugares, som dolby 7.1 e projetor digital de 35 milímetros exibe filmes gratuitos com temas predominantemente socioambientais, com o diferencial de permitir o acesso de cachorros. Seus dois espaços de exposições já foram ocupados por trabalhos de grafite e sobre devastação ambiental. Além de cultivar um jardim vertical e contar com uma composteira para lixo orgânico, os donos mobilizam os vizinhos com um abaixo-assinado para que a prefeitura arborize a rua — conseguiram, até o momento, cerca de 1 200 assinaturas.

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